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Prova de mulheres passando roupa no ‘Domingo Legal’ reforça estereótipos de gênero e revolta internautas

Saiu no site SENADO

 

Veja publicação original: Prova de mulheres passando roupa no ‘Domingo Legal’ reforça estereótipos de gênero e revolta internautas

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‘Domingo Legal’, do SBT, abusou do machismo ao realizar uma competição em que mulheres precisam passar roupa para ganhar o coração dos pretendentes e, de quebra, de suas mães. O quadro ‘Xaveco’ do programa apresentado por Celso Portiolli causou mal estar nas redes sociais.

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As pessoas ficaram espantadas com a coragem da emissora de exibir uma cena tão retrógrada e inapropriada. Teve mais machismo, a mãe de um dos pretendentes questionou uma das candidatas se ela sempre usava roupa curta.

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Não foi só isso, uma mulher teve que responder se sabia lavar roupa. “Lavo, passo, cozinho, bordo, faço o que precisar”. Oi? “Tem que cuidar muito bem do meu filho”, reforçou a mãe.

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Eis que Celso Portiolli entra em cena. Em tom de brincadeira, o apresentador pediu duas tábuas de passar roupa e iniciou a competição. “Vocês terão que passar essa camisa. O filho vai provar e vai escolher a melhor. A mamãe vai ajudar”, encerrou.

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Machismo na TV 

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Não é a primeira vez que a televisão brasileira protagoniza cenas tão machistas quanto a exibida pelo ‘Domingo Legal’. Historicamente, as mulheres sempre foram objetificadas diante das câmeras. De forma sutil ou nem tanto assim.

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O próprio SBT ostenta situações constrangedoras e com estereótipos de gênero. Silvio Santos realizou um desfile com menores de idade usando maiô. Durante o ‘Teleton’,  o homem de 89 anos constrangeu Claudia Leitte ao dizer que estava excitado com o vestido usado pela cantora.

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“Esse negócio de abraço me deixa excitado”, disse.

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objetificação não está só em Silvio Santos ou Celso Portiolli, concorrentes como Faustão também usam corpos femininos para conseguir índices melhores de audiência. Estamos em 2019, mas ainda é comum ver no programa exibido aos domingos pela TV Globo mulheres dançando com pouca roupa. Aliás, tática escolhida pelo extinto ‘Pânico na TV’ e suas panicats.

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O coro feminino é alvo de todas as formas. A deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) é assunto recorrente de falas gordofóbicas de Danilo Gentili. Aliás, no caso Claudia Leitte, o apresentador chegou a citar ‘machismo reverso’(que não existe) para defender o patrão.

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O humor brasileiro é outra expressão do machismo. ‘Escolinha do Professor Raimundo’, ‘Zorra Total’, em comum os programas possuem a insistência de colocar a mulher como subalterna. O corpo, mais uma vez, era o que importa. Saias curtas, poucos diálogos e até mesmo e frases irônicas sobre uma possível falta de inteligência.

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A atriz e humorista Ingrid Guimarães colocou o dedo na ferida ao discutir no documentário ‘Viver do Riso’ a relação entre estereótipos de gênero e a ausência de mulheres no processo criativos de humorísticos.

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“Quando me toquei de que as minhas grandes referências de comédia eram só homens, falei: ‘por que será?’. Ai resolvi que o primeiro episódio ia ser só sobre a mulher no humor e por que, para nós, foi tão difícil”, disse no ‘Conversa com Bial’. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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