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Pela defesa dos direitos da mulher dentro e fora do Itamaraty

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Veja publicação original: Pela defesa dos direitos da mulher dentro e fora do Itamaraty

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Historicamente, a diplomacia brasileira sempre esteve engajada na defesa dos direitos da mulher. Nossa convicção é de que a ampliação desses direitos e a promoção da igualdade de gênero são importantes pilares para a solidificação de uma sociedade mais justa. O combate à violência contra a mulher e o estímulo à participação das diplomatas na Casa são alguns dos temas profundamente discutidos pela Associação dos Diplomatas Brasileiros (ADB/Sindical).

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Temos consciência dos desafios para superar as desigualdades entre homens e mulheres no mercado de trabalho e, na diplomacia brasileira, o panorama não é diferente. Sabemos que a representatividade feminina, em cargos de comando no Itamaraty, tem margem para crescimento. Há um longo caminho a ser percorrido até que possamos, na prática, identificar a implementação de medidas que promovam ainda mais o empoderamento feminino.

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É fundamental relembrar que, durante a Conferência de São Francisco, em 1945, a diplomacia brasileira, por meio de Bertha Lutz, atuou como protagonista para a inserção do princípio da igualdade de direitos entre homens e mulheres na Carta das Nações Unidas. O documento que deu origem à ONU foi um dos primeiros tratados internacionais a mencionar em seu texto a necessidade de igualdade de gênero.

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A continuidade de ações que estimulem a igualdade entre homens e mulheres e demonstrem nosso compromisso com a vigilância permanente de posturas de discriminação e de violência contra a mulher, dentro ou fora do Ministério das Relações Exteriores (MRE), é uma preocupação constante da ADB/Sindical.

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Nesse sentido, comemoramos avanços como a criação do Comitê Gestor de Gênero e Raça, no MRE, cujas atribuições destacadas estão a capacitação de funcionários e a implementação de propostas para o aprimoramento da situação de gênero no ministério.

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Além disso, ressaltamos as parcerias de nossa diplomacia com órgãos internacionais, a exemplo da que foi firmada com a Organização das Nações Unidas (ONU). Importantes mecanismos de transversalização da perspectiva de gênero são discutidos pelo Comitê para o Fim da Discriminação contra Mulheres (CEDAW, em inglês), do qual o Brasil é signatário.

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Com a comunidade brasileira no exterior, composta por mais de 3 milhões de cidadãos, buscamos atuar nas diversas e complexas situações envolvendo questões de gênero que ocorrem em todo o mundo. O MRE e a Fundação Alexandre de Gusmão reúnem representantes brasileiros de vários países para discutir questões como saúde feminina, violência doméstica, guarda de menores, imagens estereotipadas da mulher brasileira, entre outros temas
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Tradicionalmente marcada pelo público masculino, a carreira diplomática brasileira deve orgulhar-se da ampliação da participação de mulheres. A última turma aprovada pelo Instituto Rio Branco é composta por 11 mulheres, em um total de 30 alunos. Esse dado é uma importante quebra do ciclo dos últimos dois anos, quando 70% das turmas eram formadas por homens.

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Muitos esforços ainda precisam ser empenhados para conquistarmos a igualdade de gênero e a ocupação de mais cargos de liderança, mas o fato de termos mais mulheres dedicadas à representação do Brasil no exterior é motivo de orgulho e de esperança.

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Embaixadora Vitoria Cleaver é presidente da Associação dos Diplomatas Brasileiros (ADB/Sindical), formada em ciências jurídicas e sociais, pela Faculdade de Direito da PUC-RJ

 

 

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