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Patrícia Souza se diz ‘honrada’ por ser a 1ª musa trans da Mangueira: ‘Todos nós somos iguais’

Saiu no site G1

 

Veja publicação original:   Patrícia Souza se diz ‘honrada’ por ser a 1ª musa trans da Mangueira: ‘Todos nós somos iguais’

 

Cabeleireira de 25 anos foi apresentada ao carnavalesco Leandro Vieira por um diretor da verde e rosa. ‘Estou vivendo os melhores dias da minha vida’, disse ao G1.
Por Eliane Santos, G1 Rio

 

Patrícia Souza, primeira musa trans da Mangueira: orgulho e expectativa — Foto: Divulgação/Diego Mendes

Patrícia Souza, 25 anos, a 1ª musa trans da Mangueira , é uma apaixonada pelo carnaval carioca. Mesmo morando há 2 anos em Londres, onde trabalha como cabelereira, quando está de férias, corre para o Brasil para matar as saudades da família, dos amigos e do samba.

“Sempre desfilei. Já saí na Tuiuti, na Portela, mas minha paixão é a Mangueira, onde já desfilei umas oito vezes. É um sonho pra mim! Estou vivendo os melhores dias da minha vida”, diz.

Em uma das visitas à quadra da Mangueira, foi apresentada ao carnavalesco Leandro Vieira por um diretor da escola, que sugeriu colocá-la no desfile da verde e rosa. Leandro abraçou a ideia e aproveitou para quebrar um paradigma da agremiação, que é uma das mais tradicionais do Rio de Janeiro.

Para se ter uma ideia, a Mangueira não costuma aceitar nudez em seus desfiles e foi uma das últimas a permitir que mulheres tocassem na bateria.

“Eu sou da rua, eu sou da periferia, do asfalto, do carnaval da avenida, do bloco da rua, tô do lado da gente ‘preta’, das mulheres, dos LGBTQI+ e de tudo aquilo que é de ‘contrastes’. A Estação Primeira de Mangueira fascina. Ela, que por se colocar como portadora da tradição, demorou quase 80 anos para aceitar que mulheres pudessem pertencer ao seu grupo de ritmistas, é a mesma que dá voz e acolhe sua musa trans. Fico feliz que isso se dê comigo aqui. Gera o entendimento de que a escola tá viva e antenada”, escreveu o carnavalesco sobre Patrícia em uma rede social.

A apresentação oficial na agremiação foi no último sábado (25), no ensaio de quadra.

“Fui muito bem recebida e estou me sentindo honrada por ser a primeira musa trans da escola. Esse reconhecimento, por eu ser uma mulher transexual, mostra que as coisas podem ter um rumo diferente, onde todos nós somos iguais”, diz ela fazendo coro com o carnavalesco.

Patrícia Souza, primeira musa trans da Mangueira após sua apresentação oficial na escola — Foto:  Divulgação/ Gláucio Burle

Patrícia Souza, primeira musa trans da Mangueira após sua apresentação oficial na escola — Foto: Divulgação/ Gláucio Burle

Índia ‘ousada’

Patrícia Souza, primeira musa trans da Mangueira — Foto: Patrícia Souza, primeira musa trans da Mangueira

Patrícia Souza, primeira musa trans da Mangueira — Foto: Patrícia Souza, primeira musa trans da Mangueira

Patrícia também já começou seus compromissos como musa, e o mais urgente dele é produzir a fantasia com que vai fazer sua estreia no posto na avenida.

“Sobre a fantasia não posso falar muito. Só que vou vir representando uma índia e que ela vai ser ousada [risos]. Também posso dizer que quero representar todas as trans, vir com muito glamour e samba no pé”, diz, prometendo honrar o convite histórico.

A Estação Primeira de Mangueira é a sexta escola a desfilar na segunda-feira (4) de carnaval. A escola vai levar para a avenida o enredo “História para ninar gente grande”, que fala sobre heróis populares que não foram retratados pela história oficial.

Patrícia Souza, primeira musa trans da Mangueira — Foto: Patrícia Souza, primeira musa trans da Mangueira

Patrícia Souza, primeira musa trans da Mangueira — Foto: Patrícia Souza, primeira musa trans da Mangueira

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