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O espaço das mulheres na liderança

Saiu no site DIÁRIO DO GRANDE ABC

 

Veja publicação original: O espaço das mulheres na liderança 

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O Brasil ainda tem uma diferença muito grande nas posições de liderança quando você olha para questões gênero em relação a outros países. Essas posições são muito mais ocupadas por homens que mulheres.

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Quando olhamos para os bords, ou conselhos de administração, algumas pesquisas recentes apontam que 70% não têm mulheres. Apenas entre 6% e 7% dos postos são ocupados por mulheres.

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Algumas tendências globais apontam para uma tentativa de diminuir essa diferença. Uma nova lei fez da Califórnia o primeiro Estado norte-americano a exigir que as empresas públicas tenham pelo menos uma mulher em seu conselho de administração para promover a igualdade de gênero e ajudar a quebrar o teto de vidro corporativo.

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A Hermes, fundo britânico responsável por 35 bilhões de libras em ativos, já vem se posicionando e mandou carta para as empresas listadas na Bovespa sugerindo que todas em que eles tenham percentual de investimento exista pelo menos uma mulher no conselho (pelo menos um em conselhos de quatro pessoas, duas em de cinco e três em conselhos de seis, com multa para quem não faz isso). Eles fazem isso porque, quando se compara empresas com maior e menor diversidade, as que têm maior em geral têm retorno sobre o investimento maior. Há uma questão financeira muito importante atrelada à igualdade de gêneros.

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Os países nórdicos estão bem mais avançados neste sentido. Eles já colocaram cotas no passado e conseguiram evoluir substancialmente. Isso faz pensarmos se as cotas podem ser um mecanismo para acelerar esse processo e, por mais que não seja o mais meritocrático, é inegável que pode se acelerar algo que demora muitos anos num processo natural por conta de uma força cultural com muitas variáveis que empurram as instituições para outras decisões.

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Na formação de conselheiros no Brasil, como a da BGC e Dom Cabral, notamos que ainda há mais homens que mulheres, por isso, temos um desafio na base para atrair um público feminino.

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E temos também uma diferença muito grande salarial. Algumas empresas tentam equalizar, mas ainda é um desafio para o mundo privado aqui no Brasil. Uma pesquisa recente da Accenture mostra que para cada US$ 100 ganhados por homens, as mulheres recebem US$ 73, ou seja, 27% a menos para posições iguais.

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Para finalizar, um ponto bacana é que as empresas têm investido em ambientes e programas diferenciados para mulheres, onde elas possam ter treinamentos, flexibilidade, autonomia, exercerem sua criatividade, e tudo isso ajuda a retenção. Criaram-se também grupos em que as mulheres podem falar sobre desafios, mentorado de mulher para mulher, que podem estar abertos para homens que também querem ajudar, entre outras iniciativas. Há também políticas que dão para os homens espaços antes só ocupados por mulheres, como a licença-paternidade. E a tecnologia vem como aliada nesse processo, uma vez que permite às mulheres na liderança manterem sua rotina multitarefas com mais facilidade.

 

 

 

 

 

 

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