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Músicos lançam clipe de rap sobre empoderamento feminino gravado em Poços de Caldas, MG

Saiu no site G1

 

Veja publicação original: Músicos lançam clipe de rap sobre empoderamento feminino gravado em Poços de Caldas, MG

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Por Camilla Resende

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Mercado Municipal e loja de roupas são cenários da produção. “Mina Problema” é o sexto lançamento da carreira da dupla Blessete.

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Os irmãos Jeferson Jacon Jeremias e Anderson Jacon Jeremias lançaram na noite desta quarta-feira (3) o sexto clipe da carreira, que completa 11 anos em 2018. Ao som do rap “Mina Problema”, a dupla Blessete discute o empoderamento feminino. “Dona da situação, dona do que quiser, então”, diz um trecho.

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Para esta gravação, foram utilizados o Mercado Municipal e uma loja de roupas de luxo de Poços de Caldas (MG) como locação. Segundo a dupla, a inspiração para a música são mulheres independentes e bem resolvidas.

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“A música retrata um momento bem atual da mulher, com o feminismo, tudo mais. Toda letra é pensada, a gente tem essa preocupação com o público e com o que a gente quer passar. Ela fala da mulher que tem opinião, que é independente, que se veste como quer, que vai onde quer”, diz Jeferson, que dividiu a composição com o irmão.

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Anderson explica que o termo “Mina Problema” é uma gíria usada para se referir às mulheres como a do clipe e que não tem nada de pejorativo.

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“A mina problema é aquela despojada, que chega a causar medo nos homens. Em uma visão mais antiga ela seria um problema, porque a mulher era criada para cuidar da casa. Essa mina que a gente colocou na música é uma mina que não depende de homem. Ela consegue se sustentar”, afirma o músico.

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Inspirados pelo estilo americano Black Music, os dois contam que buscam sempre incluir temas que fazem parte de discussões atuais nas composições. Além das letras de protesto, que são marcas do rap, a dupla aposta na variedade de assuntos.

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“Hoje em dia o rap fala de balada, de relacionamento. Antigamente, quem lançasse uma música assim, eles usavam o termo de que não era rap. Hoje não consegue segurar mais. A molecada está falando de tudo”, ressalta Anderson.

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Investimento

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Foto de 2015 foi tirada para lançamento de um EP dos irmãos Jeferson e Anderson — Foto: Rick BatistaFoto de 2015 foi tirada para lançamento de um EP dos irmãos Jeferson e Anderson — Foto: Rick Batista

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A produção e edição dos clipes são feitas pelos próprios músicos. O lançamento, no entanto, demanda a contratação de profissionais, para a captação da imagem, por exemplo.

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E para produzir as próprias criações e dar continuidade ao sonho de viver da música, Jeferson e Anderson fizeram investimentos. O trabalho como soldador de Anderson e a função de mecânico industrial de Jeferson movimentam a renda necessária para as produções dos clipes. Em tempos de produção dos clipes, os irmãos precisam se dividir entre o trabalho diurno e as gravações.

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Abençoados

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Para a dupla, a paixão pela música começou antes mesmo do início da carreira: foi herdada do pai, que mantinha um programa em uma emissora de rádio destinado ao rap. Durante os mais de 10 anos no meio musical, os dois já mudaram de nome (utilizavam ‘M.Á.F.I.A’ – Manos na Área Fazendo a Igualdade Acontecer) e passaram por adaptações no estilo das produções.

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O novo nome foi pensado Anderson. Blessete é a mistura da grafia inglesa da palavra bênção e do ano em que os irmãos começaram a produzir as próprias músicas, 2007.

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“A gente se sente abençoado por não ter parado. A gente foi abençoado desde o momento que a gente entrou no estúdio”, afirma Jefferson.

Músicos lançam clipe de rap sobre empoderamento feminino gravado em Poços de Caldas — Foto: Rick BatistaMúsicos lançam clipe de rap sobre empoderamento feminino gravado em Poços de Caldas — Foto: Rick Batista

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Futuro

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Com mais de uma década de história, os irmãos pretendem trilhar um caminho ainda mais longo. Os planos são de que os investimentos dêem retorno e as próximas produções sejam feitas fora de Minas Gerais, em locações como Rio de Janeiro e Brasília.

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Anderson destaca a importância de levar o nome de artistas mineiros para outros lugares do país.

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“Quando a gente vai para fora, o pessoal nem sabe que aqui tem rap. Acham que aqui é só sertanejo. A gente quer ser porta voz para falar que em Minas também tem rap, e rap de qualidade. A gente trabalha duro em cima disso”.

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