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Mulheres serão capacitadas para combater a sífilis nas comunidades com informação

Saiu no Site no Diario de Pernambuco

Veja no site original.

Depois desse passo, as participantes vão realizar, durante três meses, rodas de conversa em diversas comunidades da capital para alertar a população sobre a doença e as formas de prevenção.
O projeto é uma iniciativa do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e será conduzido pela Secretaria de Saúde do Recife e pela empresa Casa das Asas, que é conhecida pela promoção de oficinas lúdicas e criativas para crianças. “Como cada mulher vai realizar três rodas de conversa mensalmente, a nossa expectativa é que mais de cinco mil pessoas sejam alcançadas pelo projeto”, explica a coordenadora do Programa Mãe Coruja, Cláudia Soares.
Por conta da pandemia, as oficinas serão descentralizadas e realizadas em cada Espaço Mãe Coruja Recife, respeitando a necessidade de distanciamento social. As mulheres serão selecionadas e indicadas pela equipe do programa. Já as rodas de conversa vão acontecer em diversas comunidades, em locais escolhidos pelas participantes e que tenham espaço suficiente para manter a distância entre o público. Os encontros serão acompanhados pelos profissionais de forma remota e presencial.
A sífilis é uma doença infectocontagiosa transmitida, principalmente, por via sexual, e também de mãe para filho durante a gestação. O agente causador é a bactéria Treponema pallidum, e o sintoma mais comum é uma ferida indolor na região genital. A prevenção pode ser feita simplesmente com o uso correto e regular de preservativos. A sífilis é uma patologia crônica de fácil tratamento com antibióticos. Atualmente, o tratamento com penicilina está disponível em mais de 97% das Unidades de Saúde da Família do Recife.
A sífilis congênita é uma doença transmitida para criança durante a gestação (transmissão vertical). Por isso, é importante fazer o teste para detectar a sífilis durante o pré-natal e, quando o resultado for positivo, tratar corretamente a mãe e seu parceiro sexual, para evitar a transmissão. A sífilis congênita pode se manifestar logo após o nascimento, durante ou após os primeiros dois anos de vida da criança. Recomenda-se que a gestante seja testada pelo menos em três momentos: na primeira consulta de pré-natal, no início do terceiro trimestre de gestação (7º mês) e no momento do parto ou em casos de aborto. Além do Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) da Policlínica Gouveia de Barros, na Boa Vista, a Prefeitura do Recife disponibiliza testagem rápida para HIV e sífilis em mais de 90 unidades de saúde, assim como disponibiliza testes em mutirões, ações de saúde e em eventos como Carnaval e São João. O exame é feito em cerca de meia hora.
No Recife, de 2017 a 2019, foram registrados 6.426 casos de sífilis adquirida, 1.885 de sífilis na gestação e 1.884 de sífilis congênita. Comparando os dados desse período, a Sesau observou uma queda de 17% no número de casos de sífilis congênita – de 670 em 2017 para 555 em 2019. Além disso, houve uma redução de 10% no coeficiente de detecção de casos de sífilis congênita – de 29,4 por mil nascidos vivos em 2017 para 26,3 por mil nascidos vivos em 2019.
Criado pelo Governo do Estado, o Programa Mãe Coruja é desenvolvido, na capital pernambucana, pela Prefeitura do Recife desde 2014, com o objetivo de reduzir a mortalidade materno-infantil ao acompanhar a mulher durante o pré-natal, parto e puerpério, e a criança do nascimento até os 5 anos de idade. Desde a criação do Programa, já são mais de 20 mil mulheres e crianças cadastradas. Somente no primeiro semestre deste ano, os espaços receberam quase 1.500 novas mães e mais de mil crianças.
Atualmente, a cidade possui 14 Espaços Mãe Coruja, que atendem mulheres e crianças de 29 bairros mais vulneráveis do Recife e com maior coeficiente de mortalidade infantil. O programa municipal já entregou mais de 10 mil kits bebê, com 12 itens de enxoval e higiene. Os materiais são disponibilizados às gestantes cadastradas que realizem, no mínimo, sete consultas de pré-natal no SUS.
Desde o último mês, o Mãe Coruja Recife está distribuindo 650 kits compostos por livros de histórias infantis e álcool a 70% para as famílias cadastradas no programa. O material é fruto de uma campanha de arrecadação proposta pela equipe do Mãe Coruja.

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