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Mulheres são maioria na advocacia em 10 Estados

Saiu no site MIGALHAS

 

Veja publicação no site original:   Mulheres são maioria na advocacia em 10 Estados

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Proporção de homens e mulheres inscritos na advocacia de todo o Brasil está bem equilibrada

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“Art. 242. A mulher não pode, sem autorização do marido:

VII. Exercer profissão.”

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Há pouco mais de cem anos, essa era a forma como os governantes legislavam sobre a mulher. A previsão do Código Civil de 1916, além proibir a mulher de trabalhar se assim desejasse por si só, estabelecia papéis de gênero muito bem definidos. No art. 233, por exemplo, está descrito que o marido é o chefe da sociedade conjugal.

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Em razão de legislações como essa, reflexos de uma sociedade patriarcal, carreiras tradicionais como o Direito foram historicamente predominadas por homens.

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104 anos depois do Código Civil de 1916, há mais homens advogados do que mulheres. No entanto, segundo dados da OAB, a proporção já é bem mais equilibrada:

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De fato, há em 10 Estados mais mulheres inscritas na advocacia do que homens:

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Pesquisa

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Um estudo feito pela pesquisadora Patrícia Tuma Martins Berto constatou que houve uma “feminização da advocacia” a partir dos anos 1980. No entanto, as mulheres ainda ocupam a base da carreira, poucas conseguem chegar ao posto de sócia. “Há, assim, um teto de vidro que impede a maior parte delas de ascender à condição de sócia”, disse a pesquisadora.

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O estudo mostrou que as advogadas se sentem culpadas diante das tantas cobranças (e autocobranças) que recaem sobre elas, e muitas abdicam de avançar profissionalmente. “Outras tantas abandonam o escritório, preferindo trabalhar em departamentos jurídicos de empresas, onde há uma jornada de trabalho delimitada, possibilitando melhor conciliação entre demandas familiares e profissionais”, concluiu.

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Quando as mulheres conseguem transpor o teto de vidro, a pesquisadora afirmou que há muitas advogadas que assimilam e reproduzem o discurso da meritocracia, esquecendo as dificuldades encontradas durante a trajetória, de modo que isso não se traduz em aprendizado para as demais mulheres.

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“Ao contrário, tal comportamento impede que outras mulheres se beneficiem da sua experiência e as aproxima das trajetórias masculinas de carreira, fazendo com que, embora já exista um número até certo ponto considerável de advogadas no topo de alguns escritórios, ainda não haja a massa crítica necessária para salvaguardar espaço para as mulheres.”

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Veja a íntegra do estudo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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