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Moda para todos

Saiu no R7

Veja a Publicação original.

Nos últimos três anos o mercado para tamanhos maiores cresceu 21% no país, enquanto o setor caiu 5%, de acordo com a Abravest (Associação Brasileira de Vestuário). Dados da ABPS (Associação Brasil Plus Size) indicam que, em 2019, esse mercado movimentou cerca de R$ 7,3 bilhões e teve um crescimento de 8%. São quase 16 mil lojas físicas no Brasil e mais de 650 sites de compras especializados.

Especialistas divergem sobre as causas de a indústria têxtil ter descoberto há pouco tempo um filão de mercado que representa cerca de 55% da população brasileira, de acordo com o Ministério da Saúde.

“O Brasil é muito gordofóbico [preconceito contra gordos], é o segundo país no mundo em que mais se faz cirurgia plástica. A indústria não ficou boazinha e pensou: vamos pensar nas pessoas que são excluídas do mundo da moda. Na verdade, o setor entrou em crise e buscou caminhos”, explica Aliana Aires, autora do livro De gorda a plus size: A moda do tamanho grande, considerado a primeira edição acadêmica brasileira sobre o assunto.

Marcela Liz, presidente da ABPS, acredita que o desconhecimento ajudou as empresas a ignorarem o público. “Somos mais de 50% do mercado, mas o sistema de moda é pensado para pessoas com o padrão perfeito, ou que beiram a perfeição. Trabalha para um produto de passarela, mas, na realidade, é um padrão que só existe lá”, afirma.

Independentemente dos motivos, a realidade é que o mercado mexeu com o lado psicológico de muitas mulheres e homens, colaborando na aceitação de seus corpos e na melhora da autoestima.

“O gordo não é um corpo público, mas todo mundo se acha no direito de apontar o dedo, demonizar, julgar”, diz Adriana Carvalho, de 38 anos, estilista e fotógrafa especializada no mercado plus size. Encontrar opções nos cabides traz uma sensação de pertencimento e, com ela, vem a inclusão, analisa.

“Quando vejo fotos minhas de 10, 15 anos atrás, fico impressionada. Vestia o que servia. Hoje tenho 43 anos e nas fotos antigas aparento mais idade do que tenho hoje. Não encontrava as roupas que sempre gostei de me vestir”, diz Flavia Durante, criadora da feira Pop Plus, a maior da América Latina no mercado de tamanhos grandes.

A experiência da estudante de moda e costureira Jaqueline Lima Santos, de 25 anos, é semelhante. “Me senti poderosa e livre. Parei de usar o que eu encontrava, para vestir o que eu gostava. Pensei: Não preciso emagrecer para ficar bem”, diz.

Movimentos como o “Body Positive” (corpo positivo), impulsionados nas redes sociais, contribuíram para que um mercado consumidor que necessitava ser atendido fosse visto.  “A internet deu voz ao público. Além de termos a feira Pop Plus, os movimentos que surgem de aceitação dos corpos alavancaram a busca e o crescimento”, explica Aliana Aires, doutora em Comunicação e Práticas de Consumo pela ESPM.

A Pop Plus foi criada em 2012 e hoje é apontada como uma das mais importantes do setor, por ser cultural e não só voltada ao consumo. “Criei da necessidade que tinha de encontrar marcas com propostas autorais e contemporâneas. A gente até encontrava, mas tudo sem informação de moda, tendência. Tudo muito antiquado, atrasado. Minha principal ideia era que a gorda fosse respeitada e vista como influenciadora. Finalmente estamos começando agora”, diz Flavia.

No início, a idealizadora da feira teve problemas para encontrar marcas dispostas a vincular seus nomes ao plus size. “Algumas marcas riam da minha cara, falavam que era cafona e brega fazer roupas para gordos. Nos últimos eventos, tenho de fazer um filtro de marcas de acordo com as necessidades que sinto naquela edição da feira. Quero coisas diferentes, marcas que possam lançar tendências e coisas que nunca tivemos no plus size”, explica.

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