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Milhares de fotografias íntimas de mulheres britânicas encontradas online, sem o conhecimento das mesmas

Saiu no site VISÃO – PORTUGAL

 

Veja publicação original:   Milhares de fotografias íntimas de mulheres britânicas encontradas online, sem o conhecimento das mesmas

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Estão a ser partilhadas online milhares de fotografias íntimas de mulheres britânicas, sem o consentimento de quem nelas aparece. O conteúdo partilhado inclui imagens explicitas de maiores e menores de idade e, por vezes, informações pessoais das vítimas

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Por Pedro Dias

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Foi encontrada num site de partilha de ficheiros uma coletânea de fotos e vídeos explícitos de milhares de mulheres britânicas, organizada por nome e por cidade de residência. Os ficheiros foram colocados online sem o consentimento das vítimas, no que as autoridades escocesas consideram ser um caso de “revenge porn”.

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O “revenge porn” (ou “pornografia de vingança”) é uma expressão inglesa que remete ao ato de expor publicamente fotografias ou vídeos íntimos de terceiros sem o seu consentimento. O termo “vingança” aparece porque, na maior parte dos casos, o conteúdo é partilhado como um ato vingativo após o final de uma relação amorosa. Em Portugal, este crime é punível com pena de prisão até um ano, ou com pena de multa até 240 dias.

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O site em causa é o Mega.nz, um site de partilha de ficheiros que permite aos utilizadores a disponibilização online e download de conteúdo gratuito. Mikala Monsoon, de 23 anos, descobriu que as suas fotos estavam no site após um ex-colega de escola lhe enviar o link. A jovem escocesa mudou de nome e de cidade aos 17 anos, depois de ser vítima de um crime semelhante: um ex-namorado publicou fotografias íntimas de quando Monsoon era ainda menor de idade. Passados seis anos, as mesmas fotos surgiram no Mega.nz.

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“Eram dois links”, disse à BBC. “O primeiro era de raparigas escocesas e tinha 146 nomes, um dos quais o meu antigo nome. Havia outra pasta que em vez de 146 nomes tinha pastas com o nome de todas as cidades do Reino Unido, dentro das quais havia subpastas. Portanto, podiam estar aqui centenas ou milhares de pessoas”, revelou. O conteúdo partilhado envolvia selfies, fotografias íntimas, vídeos explícitos e por vezes, informações pessoais acerca das vítimas, como nomes completos e moradas.

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A jovem comentou também a sua experiência pessoal: “Isto aconteceu-me pela primeira vez ainda era eu muito nova, e pensei que a minha vida tinha acabado. Preocupei-me com o que a minha família e as outras pessoas poderiam pensar, porque nestes casos as vítimas são culpadas, em vez de quem partilha o conteúdo”.

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Monsoon decidiu sair do anonimato e criou o site revengeonrevengeporn.com, onde pretende alertar as pessoas e ajudar vítimas deste tipo de crimes. “Senti a necessidade de falar sobre isto por ser algo que já aconteceu imensas vezes, e penso que alguma atenção deve ser dedicada ao assunto”, diz.

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“Já tive mensagens de advogadas e educadoras de infância a dizerem-me que as suas vidas vão ser arruinadas por isto. Já tive pessoas a contactar-me acerca de amigos que acabaram com a própria vida por coisas semelhantes”, conta Monsoon. Segundo a jovem, este é um assunto sério que não esta a ser devidamente tratado.

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As autoridades escocesas estão agora a investigar o caso. “”Encorajamos as vítimas a divulgar o sucedido o mais rápido possível, o que nos permitirá obter melhores provas de envolvimento em aparelhos informáticos; ou providenciar apoio às vítimas e aconselhar as melhores formas de minimizar o impacto”, explicam, em comunicado

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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