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John Lewis acaba com a divisão de gênero na seção infantil

Saiu no site REVISTA ELLE:

 

Veja publicação original:  John Lewis acaba com a divisão de gênero na seção infantil

 

E a notícia revoltou alguns de seus consumidores.

Por Julia Mello

 

A marca britânica John Lewis foi a primeira grande revendedora do país a transformar sua seção de roupas infantis em araras sem gênero: ao invés de criar divisões, decidiu chamar o departamento todo de “roupas para meninas e meninos.”

 

 

Caroline Bettis, a responsável pela seção infantil da marca, afirma que “nós não queremos reinforçar estereótipos de gênero dentro das coleções da John Lewis. Ao contrário, queremos oferecer mais opções e variedade para nossos consumidores, assim os pais ou as crianças podem escolher o que gostariam de usar.”

 

O jornal The Times afirma que a marca tomou a decisão depois de consultar o grupo que criou a campanha Let Clothes be Clothes, que luta pelo fim de estereótipos de gênero no design e no marketing das roupas.

 

 

A John Lewis está se deparando com críticas intensas. A revolta parte tanto de seus consumidores quanto da mídia, e as pessoas estão usando a internet para discutir a decisão progressista da empresa. Alguns comentários pedem que “permitam que os meninos sejam meninos”, e até mesmo o apresentador de TV Piers Morgan contestou a decisão no programam “Good Morning Britain”, pois “nenhum de seus filhos nunca mostrou interesse em usar vestidos”.

 

 

Em momentos como esse, vale lembrar que a perspectiva que importa é a das crianças, que deveriam poder usar o que elas quisessem e terem liberdade para se divertir sem serem julgadas por causa de seu gênero. O fim da separação de roupas tenta apenas acabar com a pressão e as expectativas da sociedade em relação às crianças e suas roupas, sem proibições.

 

 

Leia mais: Alexandre Herchcovitch cria coleção infantil sem gênero

 

Além disso, esse tipo de decisão colabora para acabar com os estereótipos em relação às meninas. Um exemplo prático aconteceu em outubro de 2016, quando em um vídeo que viralizou, Daisy, uma britânica de 8 anos, apontou as diferenças entre as roupas produzidas para meninos e para meninas em um supermercado de sua vizinhança.

 

 

Enquanto as peças masculinas apresentavam escritos como “herói” e “pense fora da caixa”, as camisetas femininas tinham escritos básicos e nada inspiradores.  “As camisetas dos meninos incentivam que eles corram atrás de seus sonhos”, conta ela no vídeo. “A estampa Hey! não tem nada de inspiradora.”

 

 

No mundo da moda, muitas marcas e designers tem se pronunciado de transformado a modelagem de suas coleções para servirem a ambos os gêneros. Quando um tema tão importante chega à uma loja de fast fashion — e causa revolta — significa que a discussão da participação da moda e da vestimenta no combate ao sexismo continua cada vez mais urgente.

 

 

 

 

 

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