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JÁ APRENDESTE A ESTAR BEM CONTIGO PRÓPRIA?

Saiu no site CAPAZES:

 

Veja publicação original: JÁ APRENDESTE A ESTAR BEM CONTIGO PRÓPRIA?

 

Por ANA FERNANDES

 

Quantos de nós já desvendámos esse paradigma que é o de estarmos bem connosco? Quantos de nós não dependemos de outra coisa ou de alguém para estarmos bem?

Será que quem está ao nosso lado é o pilar do nosso bem-estar? É errado ter de “usar” assim alguém? Será que sem esses pilares conseguiríamos?

Quando o nosso íntimo está revolto, por vezes torna-se difícil ter o discernimento necessário para nos orientarmos sozinhos! Será errado ter algum suporte para o fazer? Mas acomete o medo desse suporte desaparecer e a incerteza da suficiente força interior para enfrentar tudo isso. O clichê é mesmo verdadeiro, a vida continua… só nós é que pensamos que a parámos. E vale a pena parar a vida por alguém, a pessoa que era o nosso suporte?

A vida é um ciclo constante e é curioso perceber que fraquejamos quase sempre nos mesmos momentos. Devíamos ter aprendido, se já lá estivemos antes! Não é saudável nem necessário ficarmos sempre presos à mesma dor. O tempo deve ser de mudança. Se pensarmos em quantos momentos perdemos, quantas noites em claro, quantas lágrimas e quantos dias de sol…. É imperativo transformar tudo isso em aprendizagem.

Nada apaga a mágoa, as lágrimas podem secar, mas as memórias são permanentes. Que as façamos tão permanentes que nos permitam viver melhor! Que consigamos atrair boas energias. Que façamos mais, falemos mais, não deixemos que nada ultrapasse os limites. Que nos afastemos quando for preciso, mas que não deixemos nada por dizer.

O bem-estar não tem uma receita, mas pode ser uma simples janela aberta numa casa sombria. Deixemos entrar quem nos faz bem e digamos tudo o que nos vai na mente. Aprender a valorizar o que temos, por mais pequeno que seja, é indispensável. Se acordámos mais um dia, devemos agradecer! Se temos alguém que se lembra de nós, que nos leva sempre a ver o mesmo mar, que parece ser diferente mesmo sendo o mesmo e com a mesma pessoa. Agradece por isso!

Uma das coisas que aprendi na minha curta vida é que o meu bem-estar está dependente do bem-estar que consigo proporcionar a outras pessoas. Acho que posso afirmar que sou feliz com a felicidade dos outros! É a vontade de me dar aos outros sem esperar nada em troca que me deixa assim. Se isso me torna demasiado inocente e se já dei mais do que recebi em troca… Já! Mas aprendi que isso não me pode deixar infeliz nem  inferiorizar-me. Apenas aprendo quem vale a pena receber um pouco mais de mim.

Eu sei como ser feliz, sei exatamente como e com quem. Só ainda não sei o que esperar de alguém a quem me dou. Não vou deixar de “me dar” por isso, talvez não com tanta urgência.

A minha felicidade está naquilo que dou, mas também naquilo que recebo.

 

 

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