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GEEMAD promove webinar especial no mês da mulher e discute os desafios das profissionais no mundo corporativo

Saiu ADM PRO

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Para celebrar o mês da mulher, o Grupo de Excelência de Estudos da Mulher Administradora – GEEMAD, do CRA-SP, promoveu na tarde de 16 de março o webinar “A importância da mulher e seus desafios na sociedade”, que foi transmitido ao vivo pelo Canal A Serviço da Administração, no Youtube.

O evento, que contabilizou mais de 1.300 visualizações durante a sua exibição, reuniu um time de mulheres protagonistas em suas áreas, que abordaram temas como os desafios no mundo corporativo, a violência contra as mulheres no ambiente real e no digital e, ainda, os efeitos na saúde mental.

Logo na abertura do webinar, os participantes prestigiaram as mensagens especiais proferidas pelos administradores Alberto Whitaker (presidente do CRA-SP) e Mauro Kreuz (presidente do CFA), que parabenizaram pelo Dia Internacional da Mulher e, ainda, enfatizaram o quanto o papel da mulher administradora é importante para a construção da profissão que, cada vez mais, é respeitada pela sociedade brasileira.

Na sequência, a coordenadora do GEEMAD, Adm. Sandra Cristina Speyer, fez a apresentação das convidadas e passou a palavra para a advogada Kátia Boulos, que atuou como moderadora do encontro virtual e, com muita destreza, conduziu os diferentes assuntos em duas rodadas de perguntas para as expositoras.

Pautas significativas

O primeiro tema “Mulheres e os desafios da pandemia no mundo corporativo” foi abordado pela convidada e administradora Tatiane Mendonça, que afirmou que a mulher foi afetada de forma diferente em relação aos homens na pandemia.

Ela ressaltou que, por conta do home office, a mulher precisa dar conta de muitas demandas, como manter a casa organizada, acompanhar as aulas online dos filhos, cuidar das refeições, além de ter que executar todas as tarefas profissionais. “A gente está vivendo hoje 100% dentro do escritório. Então, você acaba sendo ao mesmo tempo profissional, mãe, esposa, tem que garantir que sua casa esteja pelo menos habitável e, por mais parceiro que seja o companheiro, para mulher fica muito difícil pensar que não afetou de forma mais complexa que para os homens”, analisou Tatiane.

Outra questão apontada no webinar foi a violência contra as mulheres no ambiente digital, tema apresentado pela advogada e professora Camilla Jimene. Segundo ela, os crimes mais cometidos contra as mulheres na internet aumentaram no período da pandemia. “As situações mais corriqueiras são aquelas em que as mulheres são filmadas e fotografadas em cenas íntimas, muitas vezes por seus parceiros. Em algum momento, há algum problema nessa relação e esse homem opta por publicar esse conteúdo na internet. É o que a gente chama de porn revange (pornografia de vingança)”, explicou.

A advogada disse também que, em 2018, houve mudança no código penal para criminalizar esse tipo de conduta. ”É importante entender que estamos falando de um crime. As autoridades competentes podem e devem investigar e buscar a condenação desse tipo de criminoso. Então é importante que as mulheres registrem boletim de ocorrência para que a autoridade possa atuar efetivamente”.

Infelizmente, não foi apenas o crime virtual contra a mulher que aumentou neste período. No ambiente real, a violência física também teve uma alta significativa, conforme abordou a convidada Gabriela Manssur, presidente do Instituto Justiça de Saia.

Questionada sobre o impacto que a violência doméstica e familiar causa na mulher que exerce cargo de liderança, Gabriela respondeu que um debate tem sido travado no âmbito do Ministério Público e Poder Judiciário sobre como as promotoras, juízas e advogadas que ocupam algum cargo de liderança, por vergonha ou subestimação doméstica, acabam sofrendo em silêncio, sem saber que podem, sim, serem vítimas de um feminicídio, a exemplo da juíza Viviane Vieira do Amaral Arronenzi, assassinada brutalmente a facadas pelo marido, na frente das três filhas.

“Não importa a classe social ou o cargo que ocupa. O que importa é que precisamos de apoio, acolhimento e saber que também podemos ser a próxima vítima. Precisamos debater esse tema mais abertamente e encontrar pontos cruciais para que essas mulheres consigam denunciar. Precisamos ter, internamente nas ouvidorias das instituições públicas, uma equipe especializada e comprometida com todas as necessidades, para que essa denúncia seja mantida em sigilo”, esclareceu Gabriela.

Saúde mental

Para tratar o tema “Os efeitos da violência contra a mulher na saúde mental”, o evento contou com a presença da psicóloga Mariana Lima, que explicou que dentro da pandemia do novo coronavírus existem várias epidemias de outros males e doenças. Ela disse que a pandemia do medo foi a primeira a ser identificada e as mulheres foram as mais afetadas.

“Sentir medo numa situação de pandemia é uma maneira de nos proteger. O problema é que esse medo se torna muito grande e consome as demais áreas da vida. Daí surgem outras doenças, como a ansiedade. O ser humano é capaz de pensar sobre o seu pensamento. Então, quando estou com um pensamento exagerado ou percebo que meu comportamento não está adequado, eu consigo pensar sobre isso: será que esse meu medo absurdo faz sentido?”, indagou Mariana.

Se você não conseguiu acompanhar ao vivo o webinar “A importância da mulher e seus desafios na sociedade” ou quer rever algum trecho, basta clicar no vídeo abaixo. Não esqueça de se inscrever no Canal a Serviço da Administração, no Youtube, para participar de outros eventos como este.

Veja a Matéria Completa Aqui!

 

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