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Funcionando 24h por dia, Central de Gênero recebeu cerca de 600 ocorrências em sete meses

Saiu no site G1

 

Veja publicação original:  Funcionando 24h por dia, Central de Gênero recebeu cerca de 600 ocorrências em sete meses

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No Piauí, nos últimos dois anos 54 mulheres foram vítimas de feminicídio.

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Em sete de funcionamento 24 horas, a Central de Gênero já recebeu cerca de 600 ocorrências. A maioria dos casos registrados nos fins de semana, quando acontecem com mais frequência os casos contra a mulher.

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No Piauí, nos últimos dois anos 54 mulheres foram vítimas de feminicídio (morreram por ser do sexo feminino). Para prevenir esses assassinatos e agressões contra as mulheres foi criado o primeiro plantão de gênero do Brasil, funcionando todos os dias da semana durante 24 horas.

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“Nós percebemos que havia um déficit no atendimento das mulheres. As Delegacias da Mulher fechavam de noite e nos finais de semana, então as vítimas tinham que recorrer a um atendimento genérico, feito por homens. Não existia um atendimento qualificado, no sentido de estimular essa mulher denunciar, de abrir essa perspectiva de recepção, mas mais grave ainda nossos estudos do feminicídio apontavam que as mulheres estavam sendo assassinadas no domingo. Quem iria atender essa demanda?”, declarou a subsecretária de segurança do Piauí, Eugênia Vila.

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Central de Flagrantes de Gênero de Teresina — Foto: Fernando Brito/G1

Central de Flagrantes de Gênero de Teresina — Foto: Fernando Brito/G1

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Uma vítima, que preferiu não ser identificada, passou dois anos sendo agredida pelo companheiro e a maioria das brigas aconteceu no fim de semana.

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“Primeiro foram empurrões, depois foram puxões de cabelo, tapas no rosto, foi assim em diante, me batia no chão. Agora eu me senti mais segura para denunciar, antes não, eu ficava com medo porque ele ameaçava tirar o meu filho. Ele dizia que se eu denunciasse, ficava com o menino”, contou.

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Antes, ela não encontraria uma delegacia especializada aberta aos sábados, domingos e feriados. “Hoje eu resolvi vir e encontrei. Se eu não tivesse encontrado, talvez amanhã ou depois não teria mais denunciado”, disse.

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A Delegacia de Gênero tem 16 policiais, entre delegados, agentes e escrivães, a maioria mulheres. A equipe foi treinada para fazer um atendimento mais especializado, com questionado elaborado para facilitar o atendimento.

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“Essa vítima ao ser ouvida, ela tem a liberdade para falar não só o que aconteceu no momento do flagrante, mas todo o ciclo de violência que ela vem vivendo e isso traz que o juiz ao analisar o processo tem a real situação do contexto que ela está vivendo”, acrescentou a delegada Thais Paz.

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A Central de Flagrantes de Gênero atende também travestis, transexuais e crianças vítimas de violência. A delegacia está ligada diretamente a outras entidades de proteção, que possam prestar atendimento psicológico e jurídico as vítimas.

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