Saiu no site G1
Veja publicação original: Crime ocorreu em área rural do Paranoá. Vítima e agressor estavam separados, mas viviam no mesmo lote, segundo a polícia.
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Por Afonso Ferreira e Marília Marques
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Uma mulher de 25 anos foi morta a facadas, na manhã desta quinta-feira (12), em uma área rural do Paranoá, no Distrito Federal. Segundo a Polícia Civil, o golpe atingiu o coração de Lilian Cristina da Silva Nunes. O caso é investigado como feminicídio.
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O ex-companheiro dela, Jhonnatan Neto, de 36 anos, foi levado para delegacia. O suspeito foi preso em flagrante no local do crime, na região do Boqueirão. A vítima foi levada para o Hospital Regional do Paranoá, mas não resistiu aos ferimentos.
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Testemunhas contaram à polícia que o agressor e a mulher tiveram um relacionamento, mas estavam separados há 15 dias. Lilian deixa cinco filhos, sendo que a mais nova tem 1 ano e 6 meses.
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A delegada Jane Klébia, que investiga o caso, contou ao G1 que os dois viviam no mesmo lote – onde houve o crime – e discutiram “porque a mulher teria dormido com um namorado”. O caso é investigado pela 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá).
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‘Tomado pelo ódio’
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Jhonnatan Neto, de 36 anos, foi levado para delegacia do Paranoá, no DF. Ele e a vítima estavam separados há 15 dias, segundo testemunhas — Foto: Polícia Civil / Divulgação
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Na delegacia, o suspeito contou aos agentes que conheceu a vítima quando deixou o presídio. Jhonnatan cumpriu pena de 7 anos, por roubo, e está em liberdade há dois, segundo o boletim de ocorrência.
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Em depoimento, o agressor disse que a vítima “lhe causava ciúmes”, que ficou com “muita raiva e foi tomado pelo ódio”.
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Ele foi detido por um policial militar que passava pelo local.
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Feminicídio em números
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Com o assassinato de Lilian, nesta quinta-feira (20), o DF acumulava o número amargo de 20 casos de feminicídios. O levantamento se refere aos crimes ocorridos desde janeiro.
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Desde 2015, a legislação define feminicídio como o assassinato de uma mulher cometido por “razões da condição de sexo feminino”. A pena prevista nesses casos é de 12 a 30 anos de reclusão.
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Em 2017, ano em que o Distrito Federal registrou 18 assassinatos de mulheres, a Polícia Civil do DF acatou uma recomendação da Organização das Nações Unidas (ONU) e passou a investigar como feminicídio todas as mortes violentas envolvendo mulheres.
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Antes, esses crimes eram classificados como homicídio e, só depois, ao longo da investigação, a tipificação podia ser.
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