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Estupro em consultório: São Paulo teve mais de 1.400 casos

Saiu no site UNIVERSA:

 

Veja publicação original: Estupro em consultório: São Paulo teve mais de 1.400 casos

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Por Marcos Candido

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Postos, grandes hospitais, salas de raio-x, recepções, consultórios odontológicos e até UTIs são lugares que a gente vê como seguros, onde se prioriza a saúde dos indivíduos. Mas o estupro de duas vítimas em um consultório odontológico em São Paulo, na última sexta (20), levanta um alerta: esses não são casos isolados de violência sexual em casas de saúde no estado.

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Dados exclusivos obtidos por Universa mostram que foram registrados 1.453 casos de estupro em ambiente de atendimento de profissionais da área da saúde entre 2008 e 2018 no estado de São Paulo. Deste total, 1.080 registros envolviam vítimas vulneráveis (menores de 14 anos).

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Reprodução
 Clínica odontológica de São Paulo não tem registro no Conselho Federal de OdontologiaImagem: Reprodução

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A análise de 2008 a 2016 foi feita em parceira com a Volt Data Lab, agência especializada em jornalismo de dados, com informações obtidas por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI). Os dados referentes ao ano de 2017 foram analisados pela reportagem. Nos dois casos foram considerados os boletins de ocorrência registrados como estupro (art. 123) e estupro de vulnerável (art. 217-A).

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A partir de uma avaliação mais detalhada entre os anos de 2008 e 2016, é possível descobrir que 396 casos de estupro foram registrados com o termo genérico “hospital”; 143  aconteceram em postos de saúde; 58 em clínicas em geral e 37 em consultórios odontológicos. Na lista também entram locais como UTI, com oito ocorrências, e recepções de hospitais, com seis registros.

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Só em 2017, 171 estupros estupros foram registrados em estabelecimentos de saúde no estado, sendo 101 enquadrados como estupro de vulnerável.

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Falso técnico segue preso

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Na violência ocorrida no bairro do Ipiranga, na capital paulista, divulgada na semana passada, o falso técnico em radiologia Gabriel Cheesa, 19, criava um ambiente privado para cometer os abusos. Segundo a Polícia Civil, ele alegava que havia apenas um colete extra para proteger contra a radiação. Com isso, entrava no laboratório sem os pais da vítima (nos dois casos, menores de idade com 12 anos). Lá dentro, de acordo com o relato de uma das meninas violentadas, ele colocou uma venda sobre os olhos de e cometeu a violência sexual.

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A polícia pediu a prisão temporária do suspeito na quarta (18). Dois dias depois, a pena foi convertida em prisão preventiva após a descoberta da segunda vítima. Gabriel segue preso e vai responder por estupro de vulnerável e exercício ilegal da profissão. Até a tarde de ontem (23), a polícia ainda aguardava o surgimento de novas denúncias. Se condenado, a pena pode alcançar até 15 anos de prisão.

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A clínica Odonto Chessa afirma que não vai se pronunciar sobre o caso.

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