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Em um ano, casos de feminicídio quase dobram no Pará

Saiu no site G1

 

Veja publicação original:  Em um ano, casos de feminicídio quase dobram no Pará

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Em 2018, foram registradas 54 vítimas, sendo que em 2017 foram 29. Caso mais recente ocorreu em Curralinho, no Marajó.

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O Pará quase dobrou o número de casos de feminicídio em 2018, registrando 54 vítimas. Em 2017, foram 29 casos. Em relação a tentativas de feminicídio, foram 65 casos em 2018 e 16 em 2017, representando total quatro vezes maior em um ano. Os números são da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Segup).

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Nesta segunda (21), Maria Vânia da Silva Carvalho foi morta com um tiro no rosto pelo ex-companheiro em Curralinho, no Marajó. A vítima estava grávida e deixou seis filhos. O homem está foragido.

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Corpo de mulher assassinada pelo marido chega em Curralinho — Foto: Ascom/Polícia CivilCorpo de mulher assassinada pelo marido chega em Curralinho — Foto: Ascom/Polícia Civil

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Em outubro de 2018, Ingrid Carolina Marques Pinto, 20, foi assassinada a facadas pelo ex-marido em Ananindeua, na região metropolitana de Belém. Os familiares dela estavam do lado de fora da casa e presenciaram o assassinato.

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A vítima deixou dois meninos, de 5 e 3 anos, e uma menina, de 2, que viu a mãe ser morta pelo pai. As crianças são criadas pela avó, Herica Marques, mãe da vítima. “Às vezes ela (a criança) relata o que aconteceu, ela fala ‘mamãe’, ‘sangue’, ela aponta para a barriga, faz gestos, mostra como ele fez com a mãe”, contou.

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Herica disse ainda que as crianças estão sendo criadas com muito sacrifício. “A rotina parece um pesadelo, parece que às vezes eu não quero acreditar, fica remoendo na minha cabeça”, afirmou.

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Jovem Ingrid Carolina Marques Pinto, 20, foi esfaqueada pelo companheiro na frente da família em Ananindeua, na Grande Belém. — Foto: Reprodução / TV LiberalJovem Ingrid Carolina Marques Pinto, 20, foi esfaqueada pelo companheiro na frente da família em Ananindeua, na Grande Belém. — Foto: Reprodução / TV Liberal

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Para a delegada Adriana Norat, é preciso trabalho conjunto da Polícia, do judiciário e das delegacias para diminuir este tipo de crime. “Só com o trabalho conjunto a gente vai poder ter realmente uma redução nesse número”.

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O promotor da Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, Franklin Prado, explica que a violência é causada por diversos fatores: “Primeiro, a cultura machista faz com que o homem pense que a mulher é uma espécie de propriedade; segundo, a vítima muitas vezes não procura os canais competentes para denunciar quando a violência começa, para que sejam tomadas as providências cabíveis”, disse.

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Herica Marques contou que ela e a filha tinham medo de denunciar o autor do crime, mas que é preciso procurar as autoridades. “Não temos que aceitar, nem ter medo, não podemos deixar esses covardes acharem que são donos da gente”, afirmou.

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Os comportamentos possessivo, agressivo, violento e criminoso contra a mulher podem ser denunciados à Polícia pelo número 180.

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