Dos 5.513.712 inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2018, 3.257.695 são mulheres. Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), organizadora da seleção, o registro representa 59,1% do total de inscrições recebidas.

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A tendência repete o verificado na edição 2017, quando as mulheres representaram 58,6% do total de candidatos que fizeram as provas em busca de uma vaga no ensino superior – no período, das  6.731.341 pessoas inscritas, 3.945.965 eram mulheres.

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Os resultados por região não foram diferentes. Assim como em 2017, a parcela de inscrições de mulheres para o Enem 2018 foi superior a de homens de norte a sul do país. No Distrito Federal (DF), por exemplo, dos 106.308 inscritos, 62.611 são do sexo feminino e 43.697, do masculino. No Centro-Oeste, o registro de candidatas ocupa mais da metade da lista de inscritos – entre as 466.085 inscrições confirmadas, 274.586 estão em nomes de mulheres. Confira os dados:

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Região campeã em inscrições e inscritas

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O Sudeste do Brasil foi a região com maior concentração de inscrições para o Enem 2018: 2.015.277 pedidos confirmados pelo Inep. A maior parcela de candidatas para realizar a avaliação também vem de lá: 1.195.521 participantes.

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Em seguida, aparece o Nordeste, que totalizou 1.811.097 inscrições – dentre elas, 1.068.307 foram solicitadas por mulheres.

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No Norte do país, 614.951 pessoas se inscreveram e pretendem fazer as provas agendadas para os dias 4 e 11 de novembro. Deste total, 362.663 são de mulheres. Na Região Sul, dos 606.002 pedidos de inscrição, 356.318 são de candidatas.

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Ainda há o que melhorar!

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Apesar dos números positivos em relação à participação feminina no Enem, a professora da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (UnB) Edileuza Fernandes Silva destacou que “a edição de 2018 do Exame Nacional do Ensino Médio teve o menor número de inscritos confirmados desde 2011”.

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Outra caraterística apontada pela especialista, a partir dos dados do Inep, é que a “população feminina está proporcionalmente mais presente no ensino médio em relação à masculina”. Segundo a docente, o cenário pode ser justificado por fatores como: maior inserção do homem no mercado de trabalho de forma precoce; mais evasão dos estudantes do sexo masculino do ensino médio; expectativas diferentes em relação à continuidade dos estudos na educação superior e à escola básica, entre outros.

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Para a professora da UnB, a participação superior de mulheres no ensino superior é uma questão que precisa ser estudada de forma aprofundada. No entanto, na avaliação dela, “o aumento pode se configurar uma tendência de maiores oportunidades para as mulheres na formação acadêmica e, consequentemente, no mundo do trabalho”. Edileuza ressalta que isso também resulta de “lutas históricas das mulheres por oportunidades e valorização pessoal, acadêmica e profissional”.

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Perfil do participante

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A faixa etária mais representativa entre os mais de 5,5 milhões de inscritos em todo o Brasil é a dos participantes que têm de 21 a 30 anos (27,8%), 17 anos (17%) e 18 anos (15,9%). De acordo com o Inep, a maioria dos inscritos, 58,7%, concluiu o ensino médio e 29,7% está cursando a última série em 2018.

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Os chamados treineiros, participantes que fazem o Enem para autoavaliação, representam 10,6% dos candidatos. Ao todo, 63,8% dos participantes estão fazendo o exame com todos os custos pagos pelo governo federal.

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