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Veja publicação original: Copa do Mundo de Futebol Feminino: um guia com tudo o que você precisa saber para acompanhar o campeonato
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Torneio começa nesta sexta-feira na França; 24 seleções participam; Brasil busca título inédito com trio de veteranas; saiba quais são os favoritos – e entenda como o torneio cresceu e chegou aos grandes canais da TV aberta.
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A Copa do Mundo de Futebol Feminino começa nesta sexta-feira, em meio a grande expectativa. É um título que o Brasil – heptacampeão no masculino – ainda não conquistou.
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O evento, realizado na França, começa nesta sexta, com a partida França x Coreia do Sul. A final será realizada dia 7 de julho. As partidas poderão ser acompanhadas ao vivo em canais da TV aberta e fechada (leia abaixo).
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A competição, da Fifa, será realizada em nove cidades, com a semifinal e final sendo disputadas em Lyon.
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Aqui está uma introdução sobre as equipes e a competição.
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Quais países vão participar?
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Há 24 equipes jogando e elas são divididas em seis grupos. As equipes de cada grupo se enfrentam, as duas melhores de cada grupo mais as quatro que chegaram em terceiro com o maior número de pontos, avançam para a fase eliminatória. De lá, é um tradicional torneio eliminatório, vença ou vá para casa!
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Esses são os seis grupos:
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Grupo A
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Grupo B
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Grupo C
Austrália, Itália, Brasil e Jamaica.
Getty Images
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Grupo D
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Grupo E
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Grupo F
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Quem são as favoritas?
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A líder do ranking mundial da Fifa e atual campeã mundial é a seleção dos Estados Unidos. Na história da copa, as americanas lideram também em número de títulos: são três, o primeiro deles conquistado na primeira edição do torneio, em 1991.
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A equipe atual teve 32 vitórias e apenas uma derrota em seus últimos jogos, que sugere que os EUA são a equipe a ser vencida mais uma vez.
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Mas há outras fortes candidatas ao título, como aquelas que ocupam as posições seguintes do ranking da Fifa: Alemanha (2º), Inglaterra (3º) e França (4º).
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A Alemanha é a segunda colocada em número de copas vencidas, duas: em 2003 e 2007.
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Já a Inglaterra nunca conseguiu se tornar campeã do mundo, mas tem feito boa campanha e venceu, neste ano, a competição SheBelieves Cup, à frente dos EUA, Japão e Brasil.
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A equipe da França, por sua vez, pretende tornar-se a segunda anfitriã a chegar à final da Copa do Mundo – as americanas foram as primeiras, com o troféu de 1999. O time francês perdeu apenas uma vez nos últimos dois anos e venceu duas seleções de destaque, Japão e EUA, nos últimos seis meses.
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No início do mês, inclusive, a consultoria especializada em dados sobre esporte Gracenote listou a anfitriã como a favorita na competição, com 22% das chances de ganhar; em seguida, vêm Estados Unidos (14%), Alemanha (12%) e Inglaterra (11%).
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O time francês tem oito jogadoras do Olympique Lyonnais, que ganhou a Liga dos Campeões Feminina por quatro anos seguidos e cujo estádio receberá a final em Lyon.
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O Brasil está em décimo lugar no ranking da Fifa. Participou de todas as edições da Copa, mas chegou à final em apenas uma, em 2007 – quando perdeu para Alemanha.
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Na Olimpíada de 2016, realizada no Brasil, a seleção foi derrotada na semifinal, pela Suécia.
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O país costuma ir bem na Copa América e levou o troféu em 2018, no Chile.
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A escalação atual inclui nomes que jogam em times nacionais e internacionais. Claro, não dá para deixar de mencionar a sua grande estrela, Marta – também capitã e camisa 10. Ela já foi premiada com o título de melhor jogadora do mundo seis vezes, um recorde mundial, e é também a maior artilheira da copa, com 15 gols. Mas ela anunciou que esta será sua última Copa – será também a última das jogadores Cristiane e Formiga (que tem 41 anos).
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O treinador da equipe é Vadão, que já comandou alguns times masculinos brasileiros como o São Paulo e o Atlético Paranaense. Em 2014, ele assumiu pela primeira vez o comando da seleção feminina, deixando o posto entre 2016 e 2017, após a derrota na Olimpíada. Nesse período, assumiu Emily Lima, que, no entanto, foi demitida em setembro de 2017 – quando o cargo seria reassumido por Vadão.
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Como está a agenda da seleção brasileira?
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Nesta primeira fase, a de grupos, o Brasil joga primeiro contra a Jamaica no dia 9 de junho.
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Depois, enfrenta a Austrália no dia 13 e a Itália no dia 18.
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Quando surgiu a Copa feminina?
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Enquanto a Copa do Mundo masculina foi inaugurada pela Fifa em 1930, a feminina só fez sua estreia em 1991.
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Também realizada a cada quatro anos, a competição já foi sediada na China, Suécia, Estados Unidos, Alemanha e Canadá.
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Para 2023, ainda não foi anunciado o país anfitrião, o que só deverá ser conhecido em 2020. O Brasil está entre os postulantes.
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Como é a visibilidade da competição?
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Desde 1991, o maior evento do futebol feminino cresceu em importância comercial, técnica e cultural.
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Há quatro anos, 1,35 milhão de pessoas foram às 52 partidas da Copa do Mundo no Canadá. A Fifa espera um público similar ou melhor na França, mas executivos da federação acreditam que, na TV, a audiência facilmente ultrapassará as 750 milhões de pessoas que assistiram à competição em 2015.
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Até agora, mais de 800 mil ingressos já foram vendidos para esta edição na França.
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Em 1995, quando a copa foi realizada na Noruega, o público nos estádios ficou na casa dos 112 mil e houve pouca cobertura televisiva.
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No Brasil, será a primeira vez, na edição de 2019, que o maior canal de televisão aberta, a Globo, transmitirá os jogos da seleção brasileira. A Band também fará a transmissão. Na TV fechada, o torneio será veiculado por SporTV e Band Sports.
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A copa na França marcará ainda outras estreias. Pela primeira vez, as seleções vestirão uniformes desenhados especificamente para mulheres, em vez de “herdar” camisas e shorts feitos para homens.
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A equipe da Holanda exibirá um escudo exclusivo – uma leoa, apresentada há dois anos e que substituiu um leão usado pela seleção masculina do país.
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Como a desigualdade de gênero ainda se manifesta na copa e no futebol?
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Em termos de público e salários, o futebol feminino ainda está bem longe do masculino. A jogadora mais bem paga do mundo, a norueguesa Ada Hegerberg, ganhadora do prêmio Bola de Ouro deste ano, recebe cerca de US$ 450 mil (cerca de R$ 1,7 milhão) por ano.
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O valor é 325 vezes menor que o montante anual embolsado pelo atacante da seleção argentina e do Barcelona Lionel Messi, segundo um levantamento da revista France Football.
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Norueguesa Ada Hegerberg (com a bola) é jogadora mais bem paga do mundoç acima, ela enfrenta brasileira Daiane, em partida do Olympique Lyonnaise contra o Paris St. Germain
FRANCK FIFE/AFP/Getty Images
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E enquanto a copa feminina de 2019 terá um recorde de US$ 30 milhões (R$ 116 milhões) em prêmios, o valor a ser levado pelo vencedor, US$ 4 milhões (US$ 15 milhões), é apenas 50% do que cada uma das 16 equipes eliminadas na fase de grupos da última copa masculina levou para casa.
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No que diz respeito ao comando das equipes, oito das 24 seleções femininas que disputarão na França são comandas por técnicas mulheres, incluindo favoritas como Alemanha e Estados Unidos.
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É uma participação maior do que no quadro geral da Europa, por exemplo, onde segundo a Uefa (União das Associações Europeias de Futebol ) cerca de 80% das vagas de treinador no futebol feminino são ocupadas por homens. Além disso, 97% do total de licenças de treinadores pertencem a homens.
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