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“Cheguei a questioná-la, mas ficou como se fosse o jeito dele”, diz Luana, irmã de Tatiane Spitzner

Saiu no site REVISTA MARIE CLAIRE:

 

Veja publicação original: “Cheguei a questioná-la, mas ficou como se fosse o jeito dele”, diz Luana, irmã de Tatiane Spitzner

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Por Priscilla Geremias

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Tatiane foi achada morta depois de cair do 4ª andar do prédio em que morava em Guarapuava e seu marido é suspeito do crime

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Mais uma vítima de feminicídio. A advogada Tatiane Spitzner, de 29 anos, foi achada morta depois de cair do 4ª andar do prédio em que morava em Guarapuava, no Paraná, no dia 22 de julho. Em conversa com a Marie Claire, sua irmã, Luana Weyand Spitzner, de 22 anos, contou que a Tatiane estava decidida a pedir o divórcio.

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Tatiane era casada com o professor universitário Luis Felipe Maivailer, que está preso sob suspeita de ter sido o assassino. Imagens das câmeras de segurança do prédio em que viviam mostram Maivaler agredindo Tatiane poucos minutos antes de ela cair da sacada do edifício.

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Depois de cinco anos casados, Luana disse que “nesse ano, as reclamações sobre o relacionamento se intensificaram” pela parte da irmã. A relação que até então era normal, passou a preocupar os familiares. “Além do tratamento que ele tinha com ela e por outros motivos, ela acabou pedindo divórcio e conversou comigo antes sobre tudo. Estava decidida”, diz a estudante.

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Próximas, as duas irmãs eram confidentes e discutiram em diversas ocasiões o relacionamento de Tatiana com Luis Felipe. “Minha relação com a Tati era ótima. Ela sempre foi minha amiga, me aconselhava, ajudava… Tudo o que ela pôde fazer como irmã mais velha ela fez. Muitos se admiravam com o quanto ficamos próximas com o passar dos anos. Conversávamos sobre relacionamentos sim, inclusive sobre o Luis Felipe. Antes disso, ela namorou por anos e chegou a ser noiva de outro rapaz”, conta.

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Luana chegou a passar uma temporada com a irmã e o marido na Alemanha. Ela conta que eles viveram fora do país entre 2013 e 2016. “Sobre a relação abusiva entre eles, eu notei a forma como ele a tratava. Passei um mês e meio na casa deles na Alemanha e foi lá que eu vi pela primeira vez ele sendo grosseiro e frio com ela. Cheguei até a questioná-la, mas ficou como se aquele fosse o jeito dele“, conta Luana.

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Luana, irmã de Tatiane, passou um tempo na Alemanha com o casal (Foto: Arquivo pessoal)

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Luana mora em Curitiba e os pais em Guarapuava e disse ainda que ninguém da família chegou a perceber sinais de agressões físicas em Tatiane. “[Ela] nunca comentou sobre violência física ou sobre ter medo dele. Nunca vi marcas no corpo dela”.

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APOIO NAS REDES SOCIAIS

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Os familiares de Tatiane criaram uma página no Facebook e um Instagram para lutarem por justiça e ajudar outras vítimas de violência doméstica. “Temos grupos no WhatsApp com a familia, primas e amigos/amigas da Tati. Nossa ideia sempre foi criar algo maior para o caso não acabar sendo esquecido e lutarmos por justiça. Assim como poder passar mensagens de apoio para pessoas que passam por relacionamentos abusivos e violência”, conta Luana.

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A página “Todos por Tatiane Spitzner” no Facebook já soma mais de 26,5 mil curtidas e muitas pessoas, principalmente mulheres, deixaram mensagens de apoio a família e contra violência doméstica. Já o perfil no Instagram conta com 78,6 mil seguidores e traz a frase: “Violência deixa marcas. Não vê-las deixa feminicídios”. A rede social é administrada por Luana.

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A página "Todos por Tatiane Spitzner" no Facebook já somam mais de 26,5 mil curtidas (Foto: Arquivo pessoal)
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Luana, irmã de Tatiane, vive em Curitiba e seus pais em Guarapuava, na região central do Paraná (Foto: Arquivo pessoal)
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