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Ceará é o segundo estado brasileiro com menor número de mulheres na Polícia Militar

Saiu no DIÁRIO DO NORDESTE.

Veja a Publicação Original.

O número de mulheres cearenses na Polícia Militar tem aumentado desde 2014, no entanto, os homens ainda são maioria. O Estado é o segundo no Brasil com a menor proporção do gênero feminino na corporação. O Rio Grande do Norte é o primeiro do País. Em 2018, o quantitativo de mulheres era de 803 (3,8%) para 20.219 (96,2%) homens. Os dados são da Pesquisa de Informações Básicas Estaduais (Estadic) 2019, divulgada nesta quarta-feira (2).

Na Polícia Civil embora o número de mulheres seja maior, 25,6% (940) para 74,4% (2.724) de homens, elas ainda são minoria nesses espaços. De acordo com César Barreira, professor e coordenador-sênior do Laboratório de Estudos da Violência (LEV) da Universidade Federal do Ceará (UFC), dentro da área da segurança pública o preconceito de gênero é ainda mais forte.

“Se temos uma sociedade machista, essa corporação sofre ainda mais por ser uma profissão culturalmente masculina, o que dificulta essa ampliação no quadro de mulheres. A importação da presença delas nas corporações é justamente porque com elas, o ambiente que é evidentemente masculino é modificado e passa a ser inclusivo”, afirma.

Segundo Celecina Veras Sales, professora da Universidade Federal do Ceará e coordenadora do Núcleo de Pesquisa de Estudo e Pesquisa de Gênero, Idade e Família, embora as mulheres tenham tido avanços no mercado de trabalho, esse número ainda não é o desejado pois “a mulher é relegada para os espaços de cuidado e ao homem é destinado a função da proteção. É como se as mulheres fossem preparadas para alguns tipos de trabalho, isso tudo são formas de excluí-las inclusive de sonhar”.

A coordenadora não exclui o fato de que as políticas de inclusão corroboraram para que os números do gênero feminino em “profissões masculinas” aumentassem, no entanto, ainda são necessárias ações desse tipo. “As políticas de inclusão trazem a seguinte discussão: por que precisamos incluir? porque elas estão fora”.

Segundo a pesquisadora, é importante também observar que existe outra realidade no mundo do trabalho, “mesmo dentro do mercado, elas não conseguem cargos de lideranças. Por isso as políticas de inclusão são necessárias, porque elas são constantemente desmotivadas a não estarem nesses lugares. Existe essa barreira do pós assumir o cargo, tem que ter muita luta”.

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) diversas medidas têm sido voltadas para as servidoras da Polícia Militar, da Polícia Civil e das outras entidades integrantes da pasta, por meio do acolhimento do gênero feminino e da promoção de ações preventivas e repressivas em casos de abusos cometidos por outros servidores. Como a criação  do Comitê de Valorização das Mulheres do Sistema de Segurança Pública do Ceará composto por 20 servidoras, que busca estabelecer o diálogo entre as instituições, promovendo campanhas e recebendo denúncias e demais ações.

Outra medida voltada para a inclusão de gênero foi a reserva de 15% das vagas. No entanto, a lei não limitou o percentual, apenas estabeleceu um parâmetro mínimo, ou seja, esse percentual pode se manter ou aumentar conforme a conveniência e oportunidade da Administração Pública.

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