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Caso de mulher morta após ser agredida e afogada em poça d’água é o primeiro feminicídio a ser julgado em Londrina em 2019

Saiu no site G1

 

Veja publicação original:  Caso de mulher morta após ser agredida e afogada em poça d’água é o primeiro feminicídio a ser julgado em Londrina em 2019

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Anderson Luis Vieira é acusado de matar a ex-companheira Josiane de Souza, em 30 de junho de 2017, perto do Distrito de São Luís. Julgamento pelo Tribunal do Júri está previsto para começar às 9h desta terça-feira (19).

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Por Aline Pavaneli

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O Tribunal de Júri de Londrina, no norte do Paraná, julga nesta terça-feira (19) Anderson Luis Vieira, acusado de matar a ex-companheira, Josiane de Souza, após agredi-la e afogá-la em uma poça d’água. O crime aconteceu em 30 de junho de 2017, perto do Distrito de São Luís.

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O julgamento está previsto para começas às 9h, na sede provisória do Tribunal, que fica na Avenida Tiradentes.

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De acordo com denúncia do Ministério Público do Paraná (MP-PR), o crime foi cometido por motivo torpe, porque Anderson não aceitava o fim do relacionamento com Josiane e por acreditar que ela o estava traindo. A vítima tinha 35 anos e deixou cinco filhos.

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“Circunstâncias potencializadas pelo exacerbado sentimento de posse que nutria por Josiane”, diz a denúncia.

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O MP-PR afirma ainda que o acusado mentiu para Josiane que ia leva-la até o Centro da cidade para comprar objetos, mas a levou para o local afastado onde ela foi morta – à beira de uma mata, perto de uma estrada – dificultando “qualquer chance de reação e fuga”.

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Anderson também responde no processo pelo crime de furto porque, de acordo com a denúncia, furtou o celular de Josiane após o crime.

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Ele chegou a fugir para Rondônia, mas, antes disso, vendeu o celular da vítima para uma tia dele. No aparelho, a perícia encontrou áudios e mensagens onde familiares combinavam o que iam falar na delegacia sobre a morte de Josiane e afirmavam que mentiriam em depoimentos, conforme a decisão que determinou que Anderson seja julgado pelo júri popular.

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O réu está preso preventivamente desde 13 de julho de 2017, quando foi encontrado em Rondônia.

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Em depoimento à Justiça, Anderson disse que é inocente e afirmou que ele e a ex-companheira eram ameaçados por desavenças comerciais.

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G1 não conseguiu contato com o advogado dele.

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O advogado da família de Josiane de Souza, Hugo Esteves, que atua como assistente de acusação no processo, afirmou que o crime é de extrema gravidade.

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“A violência contra mulher é injustificável sob qualquer ponto de vista, sobretudo quando há desfecho tão trágico quanto à perda de uma vida. Faremos uma exposição do caso em busca da realização da Justiça, com a punição devida”, disse em nota.

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Feminicídios

Segundo a 1ª Vara Criminal de Londrina, este é o sexto julgamento do Tribunal do Júri em 2019, mas o primeiro de um caso de feminicídio no ano.

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Dados do MP-PR apontam que, só neste ano, já foram abertos 19 inquéritos para apurar feminicídios em todo o Paraná, e 13 denúncias pelo crime já foram apresentadas no estado.

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Desde 2015, quando entrou em vigor a lei do feminicídio – que prevê uma condenação de 12 a 30 anos de prisão para homicídios de mulheres devido ao gênero – já foram instaurados 676 inquéritos sobre o crime, sendo que 578 se tornaram denúncias.

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Só em Londrina, a segunda maior cidade do estado, foram abertos seis inquéritos por feminicídio no ano passado. Cinco crimes foram denunciados.

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Entre 2015 e 2018, foram 34 inquéritos instaurados e 26 denúncias apresentadas em Londrina.

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