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Caso Cyntoia Brown: adolescente condenada a prisão perpétua por matar abusador ganha perdão do Estado

Saiu no site REVISTA MARIE CLAIRE

 

Veja publicação original:   Caso Cyntoia Brown: adolescente condenada a prisão perpétua por matar abusador ganha perdão do Estado

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Cyntoia Brown, uma vítima de tráfico sexual que estava cumprindo uma sentença de prisão perpétua por matar um homem quando tinha 16 anos

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Cyntoia Brown, hoje com 30 anos, foi presa por ter matado Johnny Allen, de 43 anos, em 2004 nos Estados Unidos. Ela tinha 16 e no julgamento relatou que estava tentando se defender de um abuso sexual. Mesmo alegando legítima defesa e afirmando que ela seria estuprada, ela foi condenada a prisão perpétua.

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O governador do Tennessee, Bill Haslam, concedeu clemência a Cyntoia Brown nesta segunda-feira (7) após 15 anos em que ela esteve presa. O caso atraiu a atenção nacional, e ela será liberada para a liberdade condicional em 7 de agosto.

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“Cyntoia Brown cometeu, por sua própria admissão, um crime horrível aos 16 anos. No entanto, impor uma sentença de prisão perpétua a um jovem que exigiria que ela cumprisse pelo menos 51 anos antes mesmo de ser elegível para a liberdade condicional é muito severo, especialmente à luz dos extraordinários passos que Brown tomou para reconstruir sua vida”, disse o governador Haslam.

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Cyntoia recebeu a notícia com alegria e em um comunicado divulgado por seus advogados  agradeceu ao governador “pelo seu ato de misericórdia em me dar uma segunda chance. Farei tudo o que puder para justificar sua fé em mim”.

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Ela também agradeceu aos funcionários do Departamento de Correções que a ajudaram a obter educação e “viu algo em mim que vale a pena salvar”.

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Bone, em entrevista coletiva concedida pelos advogados e defensores da sra. Brown, disse que estava ansioso pelo dia em que pudesse “vê-la sair da prisão”. “Ela merece isso e merece todo o crédito por isso”, disse.

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Ativistas e advogados que apoiaram a Sra. Brown disseram que seu caso reflete a necessidade de reformas na justiça criminal, particularmente em casos de jovens delinquentes que foram traumatizados e podem ser reabilitados.

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J. Houston Gordon, uma de suas advogadas, disse que seu caso deve ser visto como um “toque de clarim” contra o que ele descreveu como leis draconianas que colocam as crianças na prisão. “Precisamos ver isso como um despertar nacional”, disse ele.

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Cyntoia Brown (Foto: Reprodução / Me Facing Life: Cyntoia's Story)

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Apoio nacional
A história de Cyntoia Brown atraiu atenção generalizada e apoio de celebridades, incluindo Rihanna e Kim Kardashian. Legisladores e ativistas dos direitos destacaram os anos de abuso e prostituição forçada que ela sofreu em sua juventude e pressionou o governador a conceder sua clemência antes que seu mandato terminasse.

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A mãe de Brown, que abusou de drogas e álcool, a colocou para adoção quando ela ainda era criança, segundo documentos judiciais. Aos 16 anos, ela fugiu de sua família adotiva e começou a morar em um motel com um cafetão que a estuprou e forçou-a a se prostituir.

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Em 2004, Johnny M. Allen, corretor de imóveis, pegou Cyntoia em um restaurante em Nashville e a levou para sua casa, depois que ela concordou em se prostituir US$ 150, aproximadamente R$ 556, segundo documentos judiciais.

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Cyntoia contou que achava que seu abusador estava pegando uma arma para matá-la. Mais tarde, ela atirou nele enquanto ele dormia, pegou dinheiro, duas armas e fugiu, de acordo com os documentos do caso.

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Cyntoia, julgada como adulta, foi condenada em 2006 por um júri do Condado de Davidson por homicídio em primeiro grau e roubo agravado. Ela foi condenada à prisão perpétua e não teria direito à liberdade condicional até 2055.

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Em vez disso, ela será libertada exatamente 15 anos após sua prisão e estará sob condicional supervisionada por mais 10 anos, até 7 de agosto de 2029.

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O governador Haslam disse em sua declaração que Cyntoia obteve seu diploma de equivalência do ensino médio e um grau de associado com um GPA 4.0 enquanto estava presa. Ela está continuando sua educação, segundo o comunicado, e espera-se que obtenha um diploma de bacharel em maio.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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