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PM divulgou telefonema, preservando a identidade da vítima, em função do Agosto Lilás, campanha de conscientização pelo fim da violência contra as mulheres
Uma mulher que era vítima de violência doméstica pelo marido dentro de casa, em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, conseguiu ligar a polícia e denunciar as agressões que sofria fingindo que estava telefonando para uma farmácia (ouça abaixo). O policial militar que a atendeu conseguiu perceber os códigos e enviar uma equipe ao local para protegê-la.
“Eu gostaria de um remédio. Sim, um remédio, um dipirona”, diz a mulher na ligação para o 190 quando o policial questiona se ela havia telefonado para o número certo. Diante da insistência, o agente questiona: “Está acontecendo alguma coisa no local?”. E ela responde: “Sim, um dipirona”.
A conversa continua no mesmo sentindo, enquanto o policial colhe mais dados sobre a agressão, pedindo que a vítima continue respondendo em códigos: “Ele está agressivo, a pessoa? Responde sim ou não. É seu marido? É parente? Responde sim ou não. Qual a intensidade da agressividade? A senhora pode me falar em miligramas, 20 miligramas? 30 miligramas?”.
Segundo informações da PM, a vítima foi encontrada sem graves ferimentos, e o agressor foi preso em flagrante e encaminhado para a delegacia. Dias depois, a mulher ligou novamente para os agentes para agradecer pelo atendimento e pela compreensão.
O caso aconteceu já há alguns meses, mas a PM decidiu divulgá-lo nesta semana, preservando a identidade da vítima, em função do Agosto Lilás – campanha de conscientização pelo fim da violência contra as mulheres.