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Assédio sexual: como identificar um comportamento inadequado?

Saiu no site DIÁRIO DA REGIÃO

 

Veja publicação original:   Assédio sexual: como identificar um comportamento inadequado?

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Entenda como identificar uma situação de assédio e saiba o que fazer nesses casos

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Denúncias de abuso sexual envolvendo pessoas que ocupam cargos de liderança e são influentes no País estão cada vez mais em notoriedade. O caso mais recente envolve o médium João Teixeira de Faria, o João de Deus, acusado de abuso sexual por mais de 300 mulheres. Ele se diz inocente. Mas as denúncias levantam uma questão: é possível identificar um assediador?

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Uma pesquisa da empresa Protivitti aponta que, de 218 denúncias de assédio sexual no ambiente de trabalho, 73% delas foram cometidas por líderes ou gestores. Porém, segundo o psicólogo e criminologista empresarial Antônio Carlos Hencsey, existem características que indicam o perfil de um possível assediador. “Além de definir o perfil do assediador, também é importante que as vítimas, pessoas que sentem algum tipo de assédio, tenham cuidado e façam a denúncia de forma responsável. Dizendo o que realmente aconteceu, como foi”, ressalta ele.

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O especialista afirma que não existe uma característica única para identificar um agressor ou assediador, mas destaca duas que considera importantes. Veja a seguir:

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1. Pessoas que sistematicamente tentam ficar sozinhas com a vítima

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“Entre as características que chamam a atenção, estão aquelas pessoas que sistematicamente tentam se colocar em um ambiente sozinho com a vítima, seja para viagens de negócios ou reuniões. Eles tentam constantemente ficar a sós com uma mesma pessoa e, muitas vezes, esse ficar a sós é em um contexto indefinido”, afirma.

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2. Comentários grosseiros

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“Pessoas que tenham costume de falar de forma grosseira ou recorrente sobre mulheres, fazer comentários deselegantes, desagradáveis. Essas podem ser assediadores ou talvez pessoas que cometam comportamentos inadequados para um ambiente de trabalho”, explica o especialista.

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Quando é assédio sexual?

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O primeiro ponto, que talvez seja o decisivo para configurar um assédio ou comportamento sexual inadequado no trabalho, é quando a vítima deixa claro para o assediador que não gostou ou que não tem o mesmos interesse. Depois do “não”, quem continua com as atitudes indesejadas está cometendo assédio.

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Existem casos, por exemplo, em um ambiente de trabalho, que acontece um interesse legítimo daquela pessoa diante de uma mulher ou de homem. De alguém se apaixonar e, eventualmente um convite para jantar ou para fazer um happy hour. O ponto que começa o assédio sexual ou comportamento inadequado é quando há o constrangimento da vítima. “Convites sistemáticos, recorrentes ou que causem desconforto, atos físicos, como abraços demorados demais, aperto de mão quando acaricia de forma inadequada outra pessoa, um olhar desconfortante. A partir desse ponto, em que fica claro para o indivíduo que ele não está sendo bem-vindo, é que começa o assédio”, explica.

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O que fazer?

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Daí em diante, caso o agressor continue com esse comportamento, é fundamental que a vítima comunique à empresa por meio dos canais de denúncia, na área de recursos humanos. É importante que a pessoa sinta-se segura para buscar o recurso que a empresa disponibiliza para que ela consiga sanar esse comportamento, que eventualmente consiga uma punição ao assediador. A vítima não pode se calar.

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Uma pessoa ética pode ser um assediador?

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“O que percebemos é que existem pessoas que podem ser extremamente corretas para manipulação de resultados, mas são completamente inadequadas e antiéticas, por exemplo, no caso do assédio sexual. Normalmente, quando isso acontece, gera uma dificuldade maior na vítima em fazer essa denúncia. Quando o indivíduo é muito correto, o medo é que outras pessoas não acreditem na vítima. É um erro acreditar que uma pessoa honesta não seja assediadora. Não há uma relação direta nisso.”

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Por que a demora para denunciar?

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“Até mesmo por uma cultura ainda machista, vemos constantemente que as vítimas são consideradas culpadas ou se sentem culpadas, porque pensam que provocaram isso porque estavam com uma roupa inadequada, por exemplo. Outras têm medo de denunciar, de se expor, de não dar em nada, de em algum momento ser responsabilizada pela empresa. Quando a pessoa se sente incomodada é importante que crie um filtro de comportamento”, diz Antônio Carlos.

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