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Afastamento é o 1º sinal dado por vítimas de violência doméstica

Saiu no site R7.

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A pandemia do novo coronavírus evidenciou um problema que, muitas vezes, ficava restrito aos lares: a violência doméstica. Mesmo com as mulheres confinadas com os agressores por mais tempo, é possível ajudá-las. O primeiro sinal emitido pela vítima é o afastamento do convívio familiar, de amigos e até do trabalho.

“Elas criam uma série de expectativas com o amor da vida delas, apresentam para a família e têm vergonha de ter que expor que estão apanhando em casa porque acabam sendo julgadas pela sociedade, que não tem pudor de verbalizar isso”, explica a coordenadora de Políticas para Mulheres da Secretaria Municipal de Direitos Humanos de São Paulo, a assistente social Ana Cristina de Souza.

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As mulheres tendem a se afastar das pessoas porque, em geral, carregam marcas e hematomas pelo corpo. Primeiro, passam a se ausentar de compromissos familiares, evitam encontrar amigos e depois começam a faltar no trabalho.

Para Fernanda Lelis, coordenadora nacional do projeto Raabe, criado pela Universal em 2011 e voltado ao acolhimento de mulheres, são vários os sinais de que a vítima precisa de ajuda, entre eles a perda de vaidade. “A gente vê que aquela mulher deixou de se cuidar para tentar agradar o marido. Ela muda de comportamento no trabalho ou até para [de trabalhar], dependendo da atitude do agressor. Às vezes, eles as seguem e vão para a porta do emprego”, explica Fernanda.

Oferecer ajuda a essas mulheres é essencial. “A insistência é sempre o caminho. Até porque a pessoa começa a adoecer, desenvolve problemas de saúde, como síndrome do Pânico. Sempre é a conversa, o bater na porta, o estar junto sem ser juiz ou algoz. Ela está tão fragilizada nas emoções e convicções que não tem condições de decidir nada. O agressor já tirou tudo dela. É mostrar que ela pode contar com você”, afirma Ana Cristina.

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No entanto, a abordagem quase nunca é fácil. “Muitas vezes, falta entendimento ou orientação a essas mulheres e elas acham que precisam ficar no relacionamento abusivo. As agressões são emocionais antes até da agressão física e nem todas querem denunciar ou sair de casa”, diz Fernanda Lelis.

Assim que a vítima demonstrar que aceita a ajuda oferecida, o ideal é encaminhá-la a um dos serviços especializados de atendimento à mulher, como o Centro de Defesa da Mulher, Centro de Cidadania e Centro de Referência da Mulher. A prioridade é salvar a vida dela no primeiro momento. A formalização de uma denúncia contra o agressor é um segundo passo.

“O acolhimento é sempre o mais importante. Ela precisa estar fortalecida até chegar na denúncia. O processo é doloroso, ela precisa de orientação para estar segura do que vai acontecer. É a chamada rota crítica. Se ela não estiver forte o suficiente, ela não chega ao fim do processo e retorna ao relacionamento abusivo após ouvir promessas de mudança”, revela a assistente social.

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