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Islândia acolhe primeira grande conferência sobre #MeToo

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Veja publicação original:  Islândia acolhe primeira grande conferência sobre #MeToo

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A Islândia acolhe esta terça-feira, em Reiquejavique, a primeira grande conferência internacional sobre o movimento #MeToo que deu destaque à luta das mulheres contra o assédio

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Na antecipação da iniciativa, a primeira-ministra islandesa, Katrín Jakobsdóttir, afirmou esperar que o encontro venha contribuir “para relegar o assédio sexual para a história”. Na reunião de três dias, os participantes vão tentar perceber as razões que levaram à erupção do movimento e o efeito que teve nos diferentes países e setores da população. Mulheres com deficiência, profissionais de saúde e mulheres migrantes cujas vozes não têm sido ouvidas desde que o movimento surgiu como hashtag, em outubro de 2017, vão estar entre os participantes de todo o mundo para partilhar histórias e debater como manter o impulso para combater o abuso e a agressão sexual.

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Katrín Jakobsdóttir afirmou ao Guardian que a conferência tem como objetivo “criar uma plataforma que promova um debate internacional e aprofundado sobre o impacto e o futuro do #MeToo”. A primeira-ministra islandesa acrescentou ainda que “o movimento denunciou níveis epidémicos de assédio e abuso sexual, baseados no género, a que as mulheres de toda a sociedade e do mundo estão expostas”. Para a anfitriã da iniciativa, é graças a todas essas mulheres, às “que não puderam falar” e às “gerações futuras”, que se pode “criar políticas e pressionar por mudanças transformadoras”, para que as realidades reveladas pelo #MeToo em breve pertençam apenas aos livros de história.

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Mais de 800 pessoas inscritas

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O painel do encontro inclui Purna Sen, porta-voz da ONU, para falar de assédio sexual, a histórica ativista afro-americana Angela Davis, Catherine Mayer, co-fundadora do partido Women’s Equality, do Reino Unido, a dramaturga Justina Kehinde e o ativista que defende a masculinidade positiva Gary Barker.

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Halla Gunnarsdóttir, conselheira do governo islandês para a igualdade de género, e uma das principais organizadoras da conferência, explicou, de acordo com o Guardian, que o #MeToo Moving Forward ia analisar o que foi revelado nos diferentes países.

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Os organizadores esperam ainda fazer sair um comunicado com propostas “se e quando as apresentarmos”, afirmou Gunnarsdóttir. “Queremos expandir as conversas, ouvir as vozes que ainda não ouvimos, incluindo aquelas com um emprego mais precário, cuja condição pode ter afetado a sua capacidade de apresentar uma queixa. Falamos de mulheres em profissões pouco qualificadas e mal remuneradas: trabalhadoras domésticas, trabalhadoras migrantes, mulheres com deficiência”.

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Também ao Guardian, a conselheira governamental explicou que a ideia de realizar uma conferência começou há 18 meses com “uma pequena ideia” que lhe surgiu. Os convites foram enviados para potenciais conferencistas, com 50 pessoas originalmente previstas para participar. “Quase todos a quem pedimos disseram que sim e o número de participantes é muito maior do que esperávamos”.

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Neste momento, estão mais de 800 pessoas inscritas para participar. O encontro é gratuito e os painéis de discussão vão ser transmitidos ao vivo. Os direitos das mulheres têm estado em foco nas políticas governamentais de Katrín Jakobsdóttir, que se tornou na segunda primeira-ministra da Islândia há quase dois anos.

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