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Fórum IACC 2019 debate violência de gênero e lança Movimento Mulheres na Segurança Pública

Saiu no site FEIRAS DO BRASIL

 

Veja publicação no site original: Fórum IACC 2019 debate violência de gênero e lança Movimento Mulheres na Segurança Pública

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A promotora de justiça, Gabriela Manssur, e a gerente do Instituto Avon, Mafoane Odara, palestrarão no Painel Segurança pública como direito fundamental, que contará com outros especialistas no tema

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Nos dias 26 e 27 de novembro (3ª e 4ª), acontece em São Paulo a 2ª edição do IACC – Fórum Nacional da Inteligência Aplicada para o Combate à Criminalidade, iniciativa das entidades de Polícia Judiciária: ADPESP, ADPF/SP, SINDPF/SP e SINDPESP. E, com o objetivo de aumentar a participação da mulher no segmento, as entidades irão lançar durante o evento o Movimento Mulheres na Segurança Pública. Entre os temas, serão abordados crimes cibernéticos e a proteção pública, por meio do Painel Segurança pública como direito fundamental, que debaterá a violência contra a mulher, principalmente nos meios digitais. De acordo com a ONG SaferNet, o número de denúncias de crimes na internet contra a mulher cresceu 1.640%, na comparação entre 2017 e 2018, passando de 961 casos para 16.717 denúncias.

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A promotora de justiça do Ministério Público do Estado de São Paulo, Gabriela Manssur, afirma que a violência contra a mulher é uma questão de ordem pública e que, portanto, deve fazer parte das políticas públicas voltadas à segurança. “Irei apresentar no Fórum IACC um panorama das conquistas atingidas até agora nessa questão e onde precisamos avançar, principalmente em relação aos crimes cibernéticos, com ênfase na violência na internet de forma geral e redes sociais, mostrando como esses meios podem contribuir de forma positiva e negativa quando se trata dos direitos fundamentais, como: liberdade, segurança e a vida da mulher, considerando que estas são as maiores vítimas desses meios”.

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De acordo com a gerente do Instituto Avon, Mafoane Odara, que também palestrará sobre o tema, os índices de violência contra mulheres e meninas tem sido mais denunciadas, com ênfase para os casos cibernéticos e especialmente nas faixas mais jovens. Odara destaca os dados do estudo produzido pelo Instituto “A Voz das Redes: O que elas podem fazer pelo enfrentamento das violências contra as mulheres”, divulgado em 2018. O levantamento apontou aumento 26.000% nos casos de assédio virtual, no período analisado de 35 meses (01/2015 a 12/2017), onde 86% das mulheres recorreram ao anonimato (perfis falsos) para denunciar. “O comportamento e o perfil do agressor no ambiente virtual se repete na vida real e, sem dúvida, a internet vem sendo utilizada como forma de ameaça e intimidação das mulheres, mas observamos que também é uma ferramenta utilizada para ajudar”, disse.

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“Trabalhar coletivamente faz parte do processo de coibir as diferentes formas de violências na sociedade. E a perspectiva quanto à minha participação no IACC é pensar como sociedade civil, governos, empresas e famílias podem trabalhar de forma colaborativa para que esse quadro atual de violência contra as mulheres possa se reverter. Nos 11 anos de trabalho do instituto, observamos que as mulheres têm denunciado mais as violências e procurado mais ajuda, cabe a nós melhorar o suporte para construir ambientes saudáveis e seguros para as mulheres e meninas. É importante reforçar que a segurança pública é um direito fundamental. N não estamos falando de um problema de polícia e sim, de como vamos atender a necessidade básica de todas as pessoas que é de se sentir segura, acolhida e respeitada. Não podemos deixar ninguém para trás, especialmente as meninas e mulheres negras”, concluiu Mafoane Odara.

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Participam, ainda, do debate sobre o tema: Yuri Sahione, associado-fundador do ICRIO Instituto Compliance Rio e Conselheiro da OAB/RJ e Rony Silva, diretor da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF Bahia).

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Lançamento do Movimento Mulheres na Segurança Pública

O IACC será palco do lançamento do Movimento Mulheres na Segurança Pública, voltado para aumentar a participação e engajamento da mulher nas iniciativas desse setor. O Movimento é liderado pelas delegadas: Tania Prado, presidente do SINDPF/SP e diretora regional da ADPF/SP; Jacqueline Valadares, titular da 2ª Delegacia de Defesa da Mulher, na capital paulista, e diretora de Comunicação Social da ADPESP; e Raquel Kobashi Gallinati, presidente do SINDPESP.

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“A presença da mulher é fundamental em todas as etapas do trabalho de Segurança Pública. Do atendimento da Polícia Civil, passando pelo registro e investigação pelas delegacias, até a conclusão do caso no Poder Judiciário. Além da participação feminina no atendimento a toda a população, é preciso que as mulheres vítimas de violência sejam acolhidas e se sintam seguras para fazer a denúncia. Nesse contexto, a presença e o protagonismo das mulheres nesse setor são fundamentais. E o Movimento Mulheres na Segurança Pública reúne um conjunto de ações com o objetivo de promover mudanças na sociedade de uma forma mais ampla”, avalia a presidente do SINDPESP, Raquel Kobashi Gallinati.

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A presidente do SINDPF/SP e diretora regional da ADPF/SP, Tania Prado, destaca a necessidade de aumentar o número de mulheres nas forças de segurança. “As carreiras policiais ainda atraem poucas mulheres, algo deve ser feito para reverter este quadro. No último curso de formação do concurso de Delegado da PF, as mulheres que ingressaram na carreira representam apenas 13,55% do total. Recentemente as Delegadas passaram a ser nomeadas para os cargos de superintendentes estaduais, contudo a Direção-Geral da PF e a maior Superintendência, São Paulo, nunca estiveram sob comando feminino. Nos encontros de delegadas da PF, discutimos a necessidade de avanços no reconhecimento dos direitos das policiais grávidas, lactantes e mães de crianças, no tocante ao acionamento para o plantão, sobreaviso e missões fora de sua base, para proteção da infância”, afirma.

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Para a delegada Jacqueline Valadares, a violência sofrida pelas mulheres e a submissão a que estão sujeitas é fruto de uma cultura machista e discriminatória, cujo fundamento é cultural e decorre da desigualdade no exercício do poder e que leva a uma relação de dominante e dominado. “Outros fatores também colaboram para violência de gênero como, por exemplo, as diferenças sociais, econômicas e políticas entre homens e mulheres, além da diferenciação de papéis na sociedade. Com a evolução da sociedade e a inserção da mulher no mercado de trabalho, iniciou-se um processo de libertação feminina que, de maneira gradativa, e após muita luta, culminou com a assunção de papéis de destaque pela mulher no âmbito da Segurança Pública, mas ainda em patamar de desigualdade em relação aos homens. O Movimento que estamos lançado, sem dúvida, vai permitir maior participação das mulheres nesse setor”, enfatiza.

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Programação

O Fórum IACC 2019 deverá reunir mais de mil participantes e estão confirmados também: general Guilherme Cals Theophilo, secretário Nacional de Segurança Pública, Wilson Witzel, governador do Rio de Janeiro; Edvandir Felix de Paiva, presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF); Rafael de Sá Sampaio, presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Judiciária; Felippe Angeli, coordenador do Instituto Sou da Paz; Ivana David, desembargadora do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo; Coriolano Almeida Camargo, advogado e coordenador da Digital Law Academy e CyberLaw Commission da OAB/SP – Butantã.

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Além de: Luiz Augusto Filizzola D’Urso, advogado especialista em Cibercrimes e presidente da Comissão Nacional de Estudos dos Cibercrimes da Associação Brasileira dos Advogados; Higor Vinícius Nogueira Jorge, delegado de Polícia, membro da Associação Internacional de Investigação de Crimes de Alta Tecnologia (HTCIA), palestrante e autor da coleção “Investigação Criminal Tecnológica”; Eliana Passareli, procuradora de Justiça do Estado de São Paulo; Leila Chevtchuk, desembargadora do TRT; Gustavo Mesquita Galvão Bueno, presidente da ADPESP; entre outras autoridades e especialistas.

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A programação do Fórum destaca temas fundamentais para o país nesse setor, com ênfase para a abordagem sobre cibercrimes e as novas tecnologias para o enfrentamento, por meio dos painéis: Fortalecimento da Polícia judiciária; Desafios para o enfrentamento da corrupção; Crimes cibernéticos: como combater fake news, deepfakes e revange porn; Organizações criminosas; Lei orgânica e constituição federal; Inteligência Artificial e investigação da polícia judiciária; Repressão qualificada ao crime organizado; entre outros pontos. A programação completa do Fórum IACC e os palestrantes confirmados estão disponíveis em: http://forumiacc.com.br/programacao-2/

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Público

O IACC é destinado aos profissionais do setor e, nessa edição, a organização está incentivando a participação de estudantes universitários, com o objetivo de envolver cada vez mais a sociedade civil nas questões relacionadas ao tema. O reunirá especialistas, delegados, representantes de entidades e autoridades para debater sobre a segurança pública no país.

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Expo Forensics

Paralelamente ao Fórum IACC , acontecerá a Expo Forensics, espaço promovido pela TechBiz Forense Digital, em parceria com a Sator- organizadora do evento, que tem como objetivo apresentar as novas tecnologias com foco no combate à criminalidade. A exposição apresentará novidades para soluções de investigação em meios digitais e tecnologias que apoiem a melhoria da segurança e, ainda, agilize e torne mais eficiente as investigações no Brasil.

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Serviço

IACC – Fórum Nacional da Inteligência Aplicada para o Combate à Criminalidade
Data: 26 e 27 de novembro de 2019 (terça e quarta)
Horário: Das 8h30 às 18h
Local: Centro de Convenções Frei Caneca, Rua Frei Caneca, 569, Consolação, São Paulo/SP
Mais Informações: www.forumiacc.com.br
Organização e promoção: Sator

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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