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Feminismo faz bem para a saúde dos próprios homens

Saiu no site REVISTA GALILEU

 

Veja publicação original:  Feminismo faz bem para a saúde dos próprios homens

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De um modo geral, homens têm menor expectativa de vida e maior probabilidade de morrer prematuramente que as mulheres. As causas variam de alcoolismo à doença cardíaca e suicídio. Mas, segundo um novo estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS), ao menos na Europa esses problemas são maiores em países com menor igualdade de gênero.

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Feito em 41 países, a pesquisa identificou que os homens europeus são mais propensos a ter problemas de saúde por causa de tabagismo e alcoolismo, dieta não saudável e rica em sal, e violência — como brigas de rua. Na Europa ocidental, fumar foi o risco número um de morte em 2016, responsável pela morte de um milhão de homens.

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“Morar em um país com igualdade de gênero beneficia a saúde de um homem e transparece em menores taxas de mortalidade, maior bem-estar, metade do risco de depressão, maior chance de fazer sexo com proteção, menores taxas de suicídio e 40% a menos de risco de morrer de forma violenta”, notaram os pesquisadores da OMS em nota para a imprensa.

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Historicamente, a tendência é de associar às diferenças a fatores biológicos, mas os pesquisadores da OMS sugerem que os riscos não são inerentes ao gênero. Eles estão, na verdade, relacionados a culturas que adotam ideais e estereótipos do que significa ser homem. Por exemplo, para os homens na Rússia, beber muito “eleva ou mantém o status de um homem em classes de trabalhadores, pois facilita o acesso ao poder associado ao ideal hegemônico de um verdadeiro homem trabalhador”. Em outras palavras, os homens não bebem mais por serem homens, e sim por causa das pressões sociais para fazê-lo.

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Cabe ressaltar que a associação entre igualdade de gênero e a saúde dos homens levantada pelos pesquisadores não é causal, e sim baseada em correlação. Os autores não afirmam que a falta de igualdade de gênero causa a morte dos homens, mas que os fatores que prejudicam a saúde masculina são mais prevalentes em culturas menos igualitárias.

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Eles defendem que políticos e criadores de políticas públicas devem levar mais a sério a noção de que estereótipos de masculinidade prevalentes em sociedades com pouca igualdade de gênero são tóxicos para os próprios homens.

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