HOME

Home

Vítima luta para manter-se viva

Saiu no site FOLHA DE LONDRINA

 

Veja publicação original:    Vítima luta para manter-se viva

.

“Hoje a única autonomia que ela tem é para respirar”, resume a socióloga Silvana Mariano ao comentar o estado de saúde da irmã Cidneia Aparecida da Costa, 33. Néia, como é conhecida, trabalhava como auxiliar de cozinha. Mãe de quatro filhos, ela tentou terminar o relacionamento com Emerson Henrique de Souza, 27, acusado de tentativa de feminicídio. “Néia está tetraplégica, se alimenta por meio de sonda e não fala. O processo de recuperação será lento”, detalha a irmã.

.

A vítima foi encontrada na manhã do dia 8 de abril em uma estrada rural na zona norte de Londrina. Conforme a socióloga, o casal e um amigo haviam saído na noite anterior, mas eles não voltaram para a casa. No dia seguinte, o filho mais velho recebeu a ligação da equipe do hospital e avisou a família.

.

“O então companheiro dela ficou incomunicável. Em algum momento, ele voltou para retirar as coisas dele da casa. Então para a gente estava evidente, desde o início, que ele era o autor da agressão”, frisa a irmã da vítima. A jovem foi asfixiada e jogada em uma estrada rural. Souza foi preso quase três semanas após o crime.

.

A auxiliar de cozinha permaneceu no HU (Hospital Universitário de Londrina) durante quase dois meses até ser encaminhada para a internação domiciliar. A jovem depende agora de cuidadoras, materiais hospitalares e uma estrutura custeada pela própria família com a ajuda de amigos.

.

Pesquisadora de estudos de gênero, a socióloga enfrenta momentos de engajamento na luta pelos direitos da mulher e de impotência diante da realidade dos fatos. “Era sempre a história do outro. Havia um distanciamento. Agora não. Ainda há um fosso enorme para a garantia dos direitos das mulheres. Há muita escassez na área de políticas públicas. Serviços públicos quase não existem e os que existem não são articulados”, critica.

.

A primeira audiência do caso está marcada para o final de agosto. “A expectativa é que resulte na maior pena possível e, infelizmente, a maior pena possível, se ele for beneficiado com progressão de regime… Se esse cara ficar 7 anos preso vai ser muito. Ele estará nas ruas a tempo de comemorar os 15 anos da filha cuja mãe ele quis matar”, lamenta. A advogada Nayara de Andrade Vieira, que defende o acusado, preferiu não se pronunciar.

.

A família da vítima realizou campanha virtual para arrecadar recursos e manter a internação domiciliar. No entanto, toda ajuda é bem-vinda. Quem estiver disposto a colaborar com doação de materiais hospitalares, frascos de alimentação ou outros itens pode entrar em contato pelo whatsapp (43) 99190-9399.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Compartilhe

Compartilhar no facebook
Facebook
Compartilhar no twitter
Twitter
Compartilhar no linkedin
LinkedIn

HOME