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Victor Sorrentino, brasileiro preso no Egito por assédio, é solto e volta ao Brasil

Saiu na MARIE CLARIE

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Victor Sorrentino, médico gaúcho e influenciador digital preso por assédio no Egito, foi liberado pelas autoridades do país e chegou ao Brasil neste domingo (6). A notícia foi confirmada por sua assessoria de imprensa. Marie Claire aguarda mais informações da assessoria para a atualização deste texto.

O caso de Sorrentino está sob investigação do Ministério Público egípicio e o médico, até então, permanecia impedido de deixar o país. O órgão mantinha o brasileiro detido em prédio público do governo local.

Sorrentino foi detido no domingo (30 de maio) no Cairo, capital do Egito, após publicar um vídeo no qual aparece assediando em português uma mulher muçulmana. A informação foi confirmada pelo Ministério do Interior egípcio e publicada pelo site El-Shai.

Nas imagens, gravadas durante uma viagem ao Cairo no dia 24 de maio, Sorrentino faz comentários sexistas em português à mulher que lhe vendia papiro, um material parecido com papel que era usado pelos antigos egípcios para escrever. “Vocês gostam mesmo é do bem duro, né? Comprido também fica legal, né?”, diz ele aos risos no vídeo.

A vendedora, sem entender, concorda e sorri, enquanto o médico e um amigo se divertem. O vídeo foi publicado por ele em seu perfil que soma quase 1 milhão de seguidores no Instagram.

“Vou aceitar suas desculpas”

Em uma nova gravação divulgada por Sorrentino no último sábado (5), o médico aparece ao lado da vendedora assediada pedindo desculpa. Ela responde dizendo que aceita.

“Como represento as mulheres egípcias e o povo egípcio, somos um povo hospitaleiro e carinhoso que recebemos visitante de todas as partes do mundo, é suficiente para mim que ele peça desculpas, e vou aceitar suas desculpas”, disse a vendedora.

O conteúdo foi gravado e traduzido simultaneamente nos idiomas português e árabe.

Esse não foi primeiro pedido de desculpas feito por Sorrentino após o caso ganhar repercussão. Antes de ser detido, ele voltou à loja e gravou um vídeo no qual afirmou que se tratava de “uma brincadeira brasileira” e disse ser “um cara muito brincalhão”.

Na semana passada, quarta-feira (3), a família de Sorrentino divulgou uma carta em inglês e árabe onde pede desculpas pelo que aconteceu. Assinam o documento os pais de Victor, Migel e Maria Cristina Laindes Sorrentino, os irmãos Guilherme, Patricia e Daniela Sorrentino e a esposa Kamila Monteiro.

Carta dos familiares de Victor Sorrentino  (Foto: Divulgação )
Carta dos familiares de Victor Sorrentino (Foto: Divulgação )

Denúncia foi feita por ativistas brasileiros

O caso ganhou notoriedade após circular em redes de ativistas de defesa dos direitos das mulheres. Um dos primeiros a tomar conhecimento das imagens foi o ativista LGBT antirracista Antonio Isuperio, morador de Nova Iorque, nos Estados Unidos. Ele recebeu o vídeo de Fabio Iorio, que mora em Londres, na Inglaterra. A partir daí, Isuperio acionou a rede de mais de 2 mil ativistas mulheres, no Brasil e no Egito, incluindo atrizes e influenciadoras brasileiras.

Coletivo feminista Speak Up ajudou a insuflar a prisão de Victor Sorrentino após assédio a muçulmana no Egito (Foto: @speakup.00 / Reprodução)
Coletivo feminista Speak Up ajudou a insuflar a prisão de Victor Sorrentino após assédio a muçulmana no Egito (Foto: @speakup.00 / Reprodução)

Sorrentino ficou conhecido na pandemia por defender o chamado “tratamento precoce” para a covid-19, com o uso de medicamentos sem eficácia comprovada para a doença. Apoiador do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), ele disse em entrevista ao site Terça Livre, que os medicamentos “são conhecidos e não causam risco nem prejuízo”.

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