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#TodosPorElas: Cartazes colocados em condomínios incentivam denúncias de violência doméstica

Saiu no site G1

 

Veja publicação original:  #TodosPorElas: Cartazes colocados em condomínios incentivam denúncias de violência doméstica

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Campanha ‘Não tenha medo de meter a colher em briga de marido e mulher’, lançada na internet, estimula moradores a acionar polícia em caso de agressões contra as mulheres.

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Por Luna Markman

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Uma campanha lançada na internet incentiva a colocação de cartazes em condomínios do Grande Recife para estimular denúncias de violência contra a mulher. A mensagem é clara e direta. “Não tenha medo de meter a colher em briga de marido e mulher. É uma atitude que pode salvar vidas”.

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(Nesta sexta-feira, 30, os telejornais Bom Dia Pernambuco, NE1 e NE2,da TV Globo em Pernambuco, exibem entrevistas e reportagens especiais para chamar a atenção sobre a importância do combate à violência contra a mulher. A série #TodosPorElas também inclui matérias publicadas no G1 sobre o tema.)

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Cartazes com esta frase foram colocados em um condomínio, emJaboatão dos Guararapes, no Grande Recife. No site da campanha “Não tenha medo de meter a colher em briga de Marido e mulher”, os interessados em participar podem baixar de graça o material, que inclui uma cartilha sobre violência doméstica.

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Na página, também é possível solicitar o treinamento dos profissionais que trabalham no condomínio. Desde julho, de acordo com os organizadores da campanha, tinham sido baixados mais de mil cartazes, em todo o Brasil. Também promovem a iniciativa grupos de Fortaleza(CE), Brasília (DF) e São Paulo (SP).

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Cartaz que incentiva denúncia contra violência doméstica foi colocado em condomínio em Jaboatão — Foto: Reprodução/TV Globo Cartaz que incentiva denúncia contra violência doméstica foi colocado em condomínio em Jaboatão — Foto: Reprodução/TV Globo

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Em um dos condomínios de Jaboatão, a ideia de colocar os cartazes foi de uma moradora, que atua como voluntária do Instituto Maria da Penha. A entidade idealizou a campanha, com apoio da startup “Mete a Colher”, do Recife.

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Estudante de psicologia, Alcione Nobre ressalta a importância de proteger a vida das mulheres. “Eu gostaria que todos tomassem essa consciência, que meter a colher não é estar se metendo na vida dos outros. Meter a colher é, muitas vezes, é estar protegendo uma vida, evitando até feminicídio”, afirma.

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No prédio, a síndica apoia a iniciativa e diz que a portaria recebeu a orientação de deixar a polícia entrar para checar denúncias de violência doméstica. Danielly Paraíso pretende criar uma corrente de proteção entre os vizinhos. No condomínio, vivem 1500 pessoas.

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“Essa campanha veio justamente pra isso, né? É para agregar e conscientizar ainda mais as pessoas a não ter medo de denunciar, porque o pior é você ser omisso. O vizinho pode tomar conta da casa do outro, olhar pelo outro sempre”, declara.

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Orientações de como proceder em caso de violência contra a mulher estão em cartaz colocado em condomínio — Foto: Reprodução/TV Globo

Orientações de como proceder em caso de violência contra a mulher estão em cartaz colocado em condomínio — Foto: Reprodução/TV Globo

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Criação

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Uma lei sancionada pelo governo do estado este ano deu um impulso a mais para iniciativas de proteção de vítimas de violência doméstica.

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Elaborada pela delegada Gleide Ângelo (PSB), deputada estadual mais votada em 2018, a norma obriga os condomínios a registrar e informar à polícia casos de agressões contra mulheres, crianças e idosos.

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Diretora-executiva do “Mete a Colher”, Renata Albertim destaca que a campanha tem como objetivo conscientizar a população e ensinar a as pessoas tomar providências.

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“ As pessoas ficam sabendo qual a hora que tem que ligar para o 190 e a hora que tem que ligar para o 180, que são dois números diferentes. Elas vão compreender o que é um relacionamento abuso, o que é violência doméstica, porque é tão difícil as mulheres saírem dessa situação”

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O 180 é o número da Central de Atendimento à Mulher e recebe denúncias. Já o 190 é o telefone da Polícia Militar e pode acionado quando o crime estiver acontecendo.

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Para a vice-presidente do Instituto Maria da Penha, Regina Célia Barbosa, a iniciativa vai proteger as pessoas que precisam. “ Ela vai também ajudar aqueles autores de violência, pelo menos eles podem pensar, mas eles vão ser inibidos de agir”, declara.

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