HOME

Home

Preconceito e ascensão da mulher na PM são debatidos em encontro no Amapá

Saiu no site G1:

 

Veja publicação original: Preconceito e ascensão da mulher na PM são debatidos em encontro no Amapá

.

Para celebrar os 29 anos do ingresso da primeira turma de mulheres na Polícia Militar (PM) do Amapá, um encontro reúne o efetivo feminino para debater o preconceito e ascensão na carreira. O evento começou nesta quarta-feira (13) e segue até quinta (14), no Teatro das Bacabeiras.

.

A tenente Annie Monteiro, assessora de comunicação da corporação, ressaltou que o evento conta com a participação da soldado Francine Latorre, de São Paulo. A convidada vai abordar sobre como ganhou as redes sociais através do empoderamento feminino.

.

“O terceiro encontro é uma celebração alusiva ao 1º de junho, que é o Dia da Policial Feminina no Amapá. Essa data marca o ingresso das mulheres na corporação do estado. Então, a gente marca esse evento para refletir e lembrar essa história de início com preconceito”, destacou Annie.

.

Ainda segundo a tenente, a resistência foi um marco nessas duas décadas da presença de mulheres na polícia. Ela lembra a exigência do corte militar para novas ingressas, medida que foi abolida em 2011 no estado.

.

“A Polícia Militar do Amapá não estava preparada para receber as primeiras mulheres, mas isso mudou ao longo dos anos. Até 2011, a gente tinha que cortar o cabelo para ingressar na corporação, deixando a vaidade e identidade feminina. Hoje em dia não precisamos mais disso”, explicou.

.

Annie Monteiro destaca a ascensão na carreira de mulheres em todos as unidades da corporação, inclusive nos batalhões de Operação Especiais (Bope) e Força Tática, que atendem ocorrências ostensivas mais complexas.

.

“Estamos presentes em todos os setores da Polícia Militar. Ocupamos cargos de chefia. Temos uma diretora coronel e uma comandante que é major. Atuamos tanto na parte administrativa, quanto na operacional, como no Bope e Batalhão de Força Tática”, disse a tenente.

.

.

Soldado Liege Espíndola atua há seis anos na PM no Amapá (Foto: Jorge Abreu/G1)

Soldado Liege Espíndola atua há seis anos na PM no Amapá (Foto: Jorge Abreu/G1)

.

Para a soldado Liege Espíndola, de 36 anos, o respeito ocupou o espaço onde existia o preconceito. Ela faz parte do Batalhão de Força Tática e enfatiza a importância de manter o compromisso com a segurança pública e também com a qualidade do serviço.

.

“O preconceito existe, mas no Força Tática a gente não visualiza isso, até porque temos todos muito respeito um pelo outro, principalmente porque nossa vida depende do companheiro de farda. Se meu colega não confia no meu trabalho, nós dois estamos fadados a não voltar pra casa”, ressaltou.

.

Sobre o preconceito, Liege relata que presencia mais casos de desrespeito por parte da sociedade quando é uma mulher que está à frente de uma equipe. Segundo ela, muitos se negam até a passar por precedimentos de praxe, como apresentar os documentos pessoais.

.

“O que eu vejo é um preconceito maior da sociedade do que da própria PM. Quando uma mulher chega para atender a ocorrência, algumas pessoas tentam crescer em cima da gente, assim, perde-se um pouco do respeito pela autoridade, mas aí gera o enquadro”, narrou.

.

Liege dedica seis anos da vida à PM, mesma idade da única filha. Para ela, conciliar o trabalho com o papel de mãe não é nada fácil, mas ela se esforça por muito amor. A militar tenta não levar o que tem de ruim das ocorrências para dentro de casa.

.

“Minha filha fala para todo mundo que tem uma mãe policial. Ela conta que o sonho dela é também ser da corporação quando crescer”, relatou a soldado, orgulhosa.

.

.

Primeira turma de mulheres na PM ingressou em 1989 (Foto: Flávia Tabosa/Arquivo pessoal)

Primeira turma de mulheres na PM ingressou em 1989 (Foto: Flávia Tabosa/Arquivo pessoal).

.

.

.

.

.

.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Compartilhe

Compartilhar no facebook
Facebook
Compartilhar no twitter
Twitter
Compartilhar no linkedin
LinkedIn

HOME