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“Pai não ajuda. Assume as responsabilidades de pai”, diz médica sobre a obrigação dos homens

Saiu no site Marie Claire:

A mineira Julia Rocha viu seu post no Facebook viralizar ao abrir o jogo sobre o tipo de pai que todo homem deveria ser. “Amor não é um botãozinho que se aperta para sentir. É convivência, é cuidado, é preocupação, é trocar fralda, acordar à noite, acolher o choro, colocar pra dormir, dar banho”, escreveu

om os crescentes debates sobre empoderamento feminino tomando as redes e as ruas, cada vez mais os papeis dos homens, nas mais diferentes esferas sociais, têm sido discutidos.  O assunto é tão atual e relevante, que nesta semana um texto publicado pela médica mineira Julia Rocha, em seu Facebook, alcançou milhares de compartilhamentos ao abordar as obrigações dos pais na criação de seus filhos e questionar comentários como “meu marido me ajuda em casa”.

“Tenho o hábito de tentar mudar meu jeito de falar das coisas quando quero mudar meu jeito de pensar sobre elas. Eu costumava dizer: ‘Átila me ajuda demais’. E depois da frase dita, me corrigia mentalmente: ‘Ajuda, não. Assume suas responsabilidades de pai”, começa dizendo.

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Segundo Julia, o puerpério[período pós-parto] é o período mais punk da vida de um casal por toda a carga emocional e física implicadas ali. Recentemente, no meio da noite, ela foi surpreendida por um comentário do marido que disse: “Se pra nós dois que estamos juntos é difícil, imagina pra uma mulher sozinha!”. “Como isso é lindo: um pai que participa ativamente dos cuidados com a filha é capaz de romper barreiras machistas e desenvolver empatia por mães solo que estão lutando pela criação de seus filhos e recebendo nos ombros a estupidez dessa sociedade”, diz ela.

E para exemplificar a urgência de se repensar o assunto, ela usou como exemplo a história de uma mulher de 25 anos, que faz parte de um grupo de mães do qual ela também participa. Mãe de um bebê de dois meses e de uma menina de dois anos, a jovem comentou que o marido trabalhava fora e ganhava bem, mas, quando chegava em casa no final da tarde, ia direto jogar videogame.

“No final do seu relato ela disse assim: ‘Por um lado, ele é um bom pai. Paga as contas, não deixa faltar nada…’ É o quê? Bom pai?! Pra ser considerado bom pai é só dar abrigo e comida? Isso a gente faz até pra cachorro”, desabafa Julia. “Olha como o machismo é perverso. A pessoa está em intenso sofrimento e não consegue sequer enxergar a totalidade da opressão que sofre.”

Falando diretamente aos homens, Julia diz que agir desta maneira é se reduzir a um “produtor de espermatozoides”. “Amor não é um botãozinho que se aperta pra sentir. É convivência, é cuidado, é preocupação, é trocar fralda, acordar a noite, acolher o choro, colocar pra dormir, dar banho. É segurar as pontas com os filhos pra que sua companheira durma algumas horas. É o carinho despretensioso antes de dormir, é a roupa que se coloca na máquina pra lavar, o pano passado no chão, a pizza pedida pra dispensar a janta… Isso é amor.”

 

 

Publicação Original: “Pai não ajuda. Assume as responsabilidades de pai”, diz médica sobre a obrigação dos homens

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