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ONU: fome no Iêmen pode colocar a vida de até 2 milhões de mães em risco

Saiu no site ONU BRASIL

 

Veja publicação original: ONU: fome no Iêmen pode colocar a vida de até 2 milhões de mães em risco

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As dificuldades de acesso a alimentos no Iêmen e outras privações provocadas pelo conflito podem levar ao pior caso de fome da história e colocar em risco a vida de até 2 milhões de grávidas e lactantes, informou na quinta-feira (1) a agência de saúde sexual e reprodutiva das Nações Unidas, o UNFPA.

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A crise humanitária no Iêmen é uma das piores no mundo, com três quartos da população necessitando de algum tipo de assistência e proteção, de acordo com o Escritório das Nações Unidas de Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA).

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Saleh, de 4 meses, é admitido no principal centro de saúde de Hodeida em abril de 2017, junto com sua mãe, Nora. Cerca de 500 mil crianças e 2 milhões de mães no Iêmen estão sob risco de morrer devido à desnutrição severa provocada pelo conflito no país. Foto: OCHA/Giles Clarke

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As dificuldades de acesso a alimentos no Iêmen e outras privações provocadas pelo conflito podem levar ao pior caso de fome da história e colocar em risco a vida de até 2 milhões de grávidas e lactantes, informou na quinta-feira (1) a agência de saúde sexual e reprodutiva das Nações Unidas, o UNFPA.

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“A falta de alimentos, os deslocamentos, a malnutrição, os surtos de doenças e a falta de cuidados de saúde afetam fortemente a saúde e bem-estar de 1,1 milhão de mulheres grávidas e lactantes, causando diversos casos de nascimentos de bebês prematuros ou com abaixo do peso, além de sangramentos severos pós-parto e trabalhos de parto com extremos riscos à vida”, alertou o UNFPA, acrescentando que, se a situação continuar piorando, até 2 milhões de mães podem acabar sendo afetadas.

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Desde agravamento do conflito no Iêmen em 2015 entre grupos armados não estatais e uma coalizão liderada pela Arábia Saudita em apoio ao governo, tiroteios e bombardeios constantes destruíram infraestruturas civis importantes em todo o país. Embora mirar instalações médicas seja estritamente proibido sob a lei humanitária internacional, quase metade das instalações de saúde não operam mais no país, incluindo as criadas para fornecer serviços de saúde reprodutiva. Como resultado, muitas destas mulheres não recebem diagnósticos e tratamentos.

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Em agosto deste ano, por exemplo, Al Thawra, maior hospital de Hodeida – o único hospital da região que fornece tratamento neonatal de emergência – foi atacado, colocando as quase 90 mil mulheres grávidas da cidade em risco.

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“Senti que estava no inferno depois de tudo o que vi”, disse a parteira Noha, que trabalhava no centro obstétrico do hospital quando o ataque aconteceu em 2 de agosto. “Agora, grávidas preferem dar à luz em casa, onde estão expostas a muitos riscos e problemas. Elas não vêm ao hospital por medo de morrer”, explicou.

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A crise humanitária no Iêmen é uma das piores no mundo, com três quartos da população necessitando de algum tipo de assistência e proteção, de acordo com o Escritório das Nações Unidas de Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA). O conflito prejudicou o acesso de civis a alimentos por conta de uma série de fatores, incluindo inflação sem precedentes, controles de importação e liberdade limitada de movimentação.

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“Há agora um perigo claro e presente de uma grande e iminente fome no Iêmen: maior do que qualquer coisa que qualquer profissional nesta área viu durante sua vida de trabalho”, disse o chefe humanitário da ONU, Mark Lowcock, ao Conselho de Segurança da ONU na semana passada.

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Embora a crise humanitária no Iêmen seja uma das com maior financiamento no mundo, com 71% do solicitado para 2018 financiado até agora, as necessidades continuam crescendo e ultrapassam a capacidade de resposta. Trabalhando com fundos limitados, o apoio do UNFPA às 184 instalações de saúde que fornecem serviços de saúde reprodutiva pode cessar se recursos adicionais não se tornarem disponíveis.

 

 

 

 

 

 

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