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O que as mulheres fazem quando vão no banheiro juntas? Negócios!

Saiu no site  ÉPOCA NEGÓCIOS:

 

Veja publicação original:  O que as mulheres fazem quando vão no banheiro juntas? Negócios!

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Por Camila Achutti

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Mais de 100 CEOs do mundo todo, dezenas de investidoras, especialistas em tecnologia, marketing, trading e finanças se reuniram no Dell Women’s Entrepreneur Network

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Esse é o clima do DWEN – Dell Women’s Entrepreneur Network. A edição de 2018 acabou de acontecer em Toronto. No evento, estavam mais de 100 CEOs do mundo todo, dezenas de investidoras, especialistas em tecnologia, marketing, trading, finanças e o que mais você quisesse. Num ambiente descontraído e cheio de energia, muitos aprendizados e negócios acontecem. Durante os cafés da manhã, as noites, as idas ao banheiro, era possível fazer uma mentoria com uma representante de Wall Street ou entender melhor a onda de novas diretrizes progressistas nos políticos mais jovens com a ministra de empreendedorismo e turismo do Canadá.

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Então vamos aos aprendizados, todos envolvendo novos mindset para novos tempos.

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Primeira lição: tempo não é uma métrica para investidores

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Empresárias, empresários, empreendedores e empreendedoras concordam que é louvável conseguir construir e manter uma empresa por anos. Depois de ter montado a minha empresa, quando alguém me diz que um empreendimento há 20 anos, eu faço dessa pessoa um dos meus ídolos e heróis. Afinal, ela conseguiu pagar todos os impostos nos últimos 20 anos, conseguiu lidar com todos os seus problemas pessoais e das pessoas que trabalhavam com ela, conseguiu vender o suficiente e gastar só o que podia, conseguiu fazer parceiras e sustentar relações de longo prazo pelo menos com os seus clientes. Mas esse é o pensamento desse lado da mesa. Do lado de lá, a lógica pode ser bem diferente. Se uma empresa não teve um crescimento exponencial em 20 anos, será que em algum dia ela terá? Em 20 anos, essa empresa já tem bastante passivo. Em 20 anos, será que essa empresa conseguiu se adaptar às mudanças ou está presa no passado bem-sucedido? Para o investidor, tempo de existência não é uma métrica relevante. Ele está em busca de custo de aquisição, margem, volume, crescimentos vertiginosos, e não contínuos. Então fica aí a dica para empresas que querem inovar, levantar investimento e ganhar tração: faça isso numa nova empresa, com um novo CNPJ, num novo modelo mental e de gestão.

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Segunda lição: o porquê tem que ser o mesmo

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A última palestra desse DWEN foi de Holley Murchison, uma empreendedora da comunicação que deu uma lição não só de conteúdo, mas de como fazer uma apresentação envolvente. A grande lição que a Holley deixou para as mais de 150 mulheres que estavam assistindo à palestra foi a de que na vida os nossos COMOs vão mudando, para não dizer se acumulando. Reparou que hoje em dia é sempre difícil se definir ou explicar o que fazemos, pois em raros momentos nos sentimos fazendo uma coisa só. Eu por exemplo, professora do Insper, fundadora do Mastertech, do Mulheres na Computação, praticante de yôga, empreendedora ativista de tecnologia… São tantas coisas que a gente tem dificuldade de explicar. Isso é um sintoma dos nossos tempos. Qual deve ser a regra para não se perder nessa maluquice? Se manter fiel ao seu PORQUÊ. Depois que você achar esse porquê, você vai se sentir mais leve e vai poder começar se apresentando por ele, que é o que representa todos os seus COMOs.

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Terceira lição: políticos globais

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O DWEN rolou na casa de um dos governos mais progressistas entre os países desenvolvidos. Justin Trudeau fala de sustentabilidade, feminismo e tudo mantendo o bom humor. Independente de posição política, todas as pessoas integrantes do governo canadense que subiram no palco tinham uma característica. Todos eram todos cidadões globais. Eles todos sabiam que suas atitudes não se referiam mais só ao Canadá, mas ao globo inteiro. Todos eram educadores e “gente como a gente”, que teve que entender e viajar por aí para furar a própria bolha, reconhecer seus privilégios e criar força para lutar por seus ideais. Eles estavam lá anunciando a Canadian Women’s Entrepreneur Strategy, mais de $ 2 bilhões para investir em mulheres empreendedoras, para que mais mulheres se descubram capazes e para que mais pessoas possam avançar. Vamos por favor, seguir o exemplo do Canadá e eleger políticos que sejam cidadões globais?

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Saio de Toronto e retorno ao Brasil com a certeza de que os novos tempos não são femininos. O presente já é nosso. E se estamos vivendo o ANO das mulheres, nós estamos preparadas para a DÉCADA.

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* Camila Achutti é CTO e fundadora do Mastertech, professora do Insper e idealizadora do Mulheres na Computação

 

 

 

 

 

 

 

 

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