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Netflix se desculpa por sexualizar crianças em marketing do filme ‘Lindinhas’

Saiu no site Huffpost.

Veja publicação original. Netflix se desculpa por sexualizar crianças em marketing do filme ‘Lindinhas’

A Netflix apresentou um pedido de desculpas por seu marketing de Cuties (Lindinhas), um filme francês que foi criticado por sexualizar meninas menores de idade.

O filme da cineasta franco-senegalesa Maïmouna Doucouré, ganhou um prêmio de direção no Festival de Cinema de Sundance em janeiro e será lançado internacionalmente pela Netflix no dia 9 de setembro.

A história de amadurecimento recebeu críticas positivas e negativas, com elogios dados à atuação de Fathia Youssouf, que interpreta a protagonista Amy, e críticas à sua trama e ritmo. Em entrevistas, Doucouré explicou que sua intenção era investigar a ideia de feminilidade e criticar o efeito que as imagens sexualizadas de crianças nas redes sociais.

O filme, no entanto, gerou protestos nas próprias redes sociais depois que seus materiais promocionais foram lançados na última terça (18), com várias pessoas criticando o pôster e sua descrição: “Amy, 11, fica fascinada com uma equipe de twerking. Na esperança de se juntar a eles, ela começa a explorar sua feminilidade, desafiando as tradições de sua família.”

Na quinta (20), várias petições pedindo à Netflix para cancelar a exibição de Lindinhas surgiram no Change.org, uma delas reuniu mais de 100.000 assinaturas chamando o filme de “pornografia infantil”.

O grupo conservador Parents Television Council, um grupo conservador de vigilância voltado ao conteúdo da TV, também pediu ao serviço de streaming para remover Lindinhas, colocando-o no mesmo grupo que 365 Dias, um thriller erótico polonês que foi acusado de promover sequestro e estupro.

Em uma reviravolta inesperada dos eventos, até o painel de imagens anônimas 4chan – frequentemente conhecido por trollar e organizar campanhas de assédio – supostamente proibiu os usuários de postar imagens do filme.

É tão revelador que o primeiro grande original da @netflix protagonizado por jovens meninas negras depende explicitamente de sexualizar crianças de 11 anos. Seja na atuação ou música, uma imagem sexualizada é muitas vezes o preço do sucesso popular para mulheres e meninas negras. Vergonhoso.

Então, “Lindinhas”, da Netflix, um filme sobre pré-adolescente dançando twerk… isso é para pedófilos, certo?

Porque que humano normal iria querer assistir isso?

Cancelei minha assinatura porque a @netflix está promovendo e fazendo streaming do filme “Lindinhas”.

Isso é nojento. Explorar e normalizar a sexualidade infantil é hediondo e não deve ser tolerado.

Este filme deve ser removido do catálogo, pessoas despedidas e lições aprendidas.

#CanceleNetflix

A Netflix anunciou que a empresa estava “profundamente arrependida pela arte inadequada”, argumentando que não representava a intenção do filme. O filme recebeu um novo pôster e uma descrição atualizada que diz: “Amy, de 11 anos, começa a se rebelar contra as tradições conservadoras de sua família quando fica fascinada por uma turma de dança de espírito livre”.

Lamentamos profundamente a arte inadequada que usamos para Mignonnes/Cuties [Lindinhas]. Não era adequada e nem representava esse filme francês que ganhou um prêmio no Festival de Sundance. Já atualizamos as fotos e a descrição.

#NetflixPedofilia #netflix mudou a foto de #cuties. E REESCRITO a descrição. Como diabos eles acharam que a primeira versão estava boa ?

Não sou do tipo de pessoa que apoia o cancelamento, mas alguém em um cargo bem alto na Netflix aprovou a imagem e a descrição.

No rescaldo do pedido de desculpas da Netflix, usuários das redes sociais apontaram que o marketing da empresa era o culpado, já que o lançamento original em francês do filme – conhecido como Mignonnes, que corresponde aproximadamente ao título em inglês – recebeu um pôster muito diferente, sem nenhum twerk à vista. Eles argumentaram que o filme estava sendo tirado do contexto e que sua promoção havia sido inadequada.

Ok, então o filme da Netflix Cuties.

Eu fiz algumas pesquisas e a diretora é uma mulher negra senegalesa francesa que foi inspirada por suas próprias experiências como imigrante e comenta sobre a hiper-sexualização de meninas pré-adolescentes.

Mas olhe para o pôster original versus o da Netflix

O colunista e diretor britânico Daniellé Scott-Haughton, que freqüentemente escreve sobre raça, concordou com essa interpretação. Ela denunciou aqueles com reações instintivas que “preferem comprometer o sustento de uma mulher negra do que [fazer] uma pequena pesquisa” e compartilhou um vídeo de Doucouré explicando suas intenções com o filme.

uitas pessoas com suas versões do filme #Mignonnes no Twitter hoje. Em primeiro lugar, 2 coisas:

– A Netflix ferrou tudo e foi pelo caminho do lixo clickbait para a campanha de marketing dos EUA.
– O pessoal deve pelo menos ler sobre o que é realmente a mensagem de um filme antes de fazer um discurso retórico.

É um filme premiado da aclamada diretora Maimouna Doucouré. Ela cresceu em uma família muçulmana poligâmica, como o personagem principal.

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