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Menores correm mais risco de estupro no hospital; veja como protegê-los

Saiu no site  UNIVERSA:

 

Veja publicação original: Menores correm mais risco de estupro no hospital; veja como protegê-los

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Por Marcos Candido

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O que devo fazer na hora de levar meu filho menor de idade ao médico ou ao dentista?

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A pergunta vem a calhar: nesta terça, a Universa revelou que mais de 1.400 estupros foram cometidos em estabelecimentos de saúde entre 2008 e 2017. Destes, 1.080 foram cometidos contra vulneráveis, que são menores de 14 anos.

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Na semana passada, também ganhou repercussão o caso de duas vítimas de um falso técnico em radiologia, em São Paulo. Nos dois episódios, as pacientes eram menores de idade que foram coagidas a entrarem sozinhas na sala de raio-x.

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Você pode exigir acompanhar seu filho nas consultas

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“É um direito dos pais acompanhar a criança”, explica Sylvia Lavínia, odontopediatra e presidente da Câmara Técnica de Odontopediatria do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo. Além de consultas, o responsável pode exigir o acompanhamento durante cirurgias e exames de radiologia, por exemplo.

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“Em atendimento para menores, [o profissional médico] não pode negar que se tenha um acompanhante na sala”, diz Lavínio Nilton Camarim, presidente do Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp).

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Claro, os pais também podem negociar a permanência na sala com os médicos e paciente. Caso a criança ou adolescente se sinta mais confortável, em consultas ginecológicas, por exemplo, é possível que os pais permitam a entrada do menor sozinho no consultório. Nestes casos, os conselhos paulistas de medicina e de odontologia reforçam a presença de um auxiliar ou assistente no local. Em todos os casos, o especialista deve detalhar o que foi dito e solicitar autorização para os responsáveis para realizar qualquer procedimento.

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O Conselho Regional de Medicina recomenda enfaticamente que exames ginecológicos ou urológicos sejam acompanhados por mais um enfermeiro ou assistente além do médico. Nestes casos, a recomendação vale para menores e também para adultos.

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Em caso de abuso sexual, é preciso denunciar também aos conselhos médicos

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Além de registrar um boletim de ocorrência na polícia, um caso de abuso sexual em estabelecimento de saúde deve ser levado aos conselhos regionais. Basta se dirigir até a uma unidade em sua cidade e relatar o ocorrido a uma Delegacia Regional do Conselho. Ou enviar por Correios, contendo o máximo de provas possíveis (fichas médicas, receituários, nome e registro médico do profissional, etc.)

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Em São Paulo, por exemplo, o Conselho Regional de Medicina mantém um grupo para investigar e penalizar médicos acusados de crime sexuais. Se provado, as penas vão de uma suspensão na licença para trabalhar à cassação da habilitação. A clínica, hospital ou posto de saúde também serão investigados caso o estupro não seja cometido por um médico – e sim por atendentes, enfermeiros etc.

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Verifique o registro médico

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Antes de levar o filho ao médico ou ao dentista, há maneiras para saber se o profissional ou a clínica estão devidamente autorizados a realizar os trabalhos.

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Para uma consulta, basta solicitar de antemão o número de registro dos médicos ou dentistas nos conselhos regionais. A partir deste dado, pesquise nos sites dos conselhos se o registro do médico está com o registro ativo, habilitado e sem pendências. A pesquisa também pode ser feita pelo nome completo dos profisionais.

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[Fontes: Sylvia Lavínia, odontopediatria e presidente da Câmara Técnica de Odontopediatria do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo;  Nilton Camarim, presidente do Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp)].

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