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Lisandra Cortez: “É difícil se desapegar dos padrões que nos foram impostos”

Saiu no site REVISTA MARIE CLAIRE

 

Veja publicação original:  Lisandra Cortez: “É difícil se desapegar dos padrões que nos foram impostos”

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A atriz confessa que já foi “escrava” do que é determinado como “bonito” e conta o seu segredo para fugir dessas amarras

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Por Felipe Carvalho

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Lisandra Cortez tem acompanhado de perto as campanhas que a Marie Claire tem feito contra a objetificação do corpo da mulher, com uma capa de Leticia Colin que deixou o seio à mostra, e a favor dos pelos femininos, com Bruna Linzmeyer. A atriz conta que já foi dependente destes padrões impostos pela sociedade.

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O corpo da mulher ainda é um tabu. Estamos todos dentro de uma grande transição de padrões, ter mais liberdades com os nossos corpos é um direito nosso e isso nem devia ser questionado, afinal de contas: ‘Meu corpo, minhas regras’. Digo que estamos nessa transição porque reconheço o quanto é difícil se desapegar de alguns padrões que nos foram impostos pelos meios: corpo perfeito, sorriso mais branco, sobrancelha mais delineada, pele mais lisa, barriga zerada, entre outras coisas que a sociedade e a nossa timeline nos fez crer”, comenta.

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Ela revela que aprendeu a reconhecer este ataque contra si mesma e criou uma espécie de “mantra” para não ser bombardeada por “aquela voz” que diz que seu corpo deveria estar assim ou assado.

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Procuro relaxar, entender se é uma necessidade real ou só mais uma ‘piração’ imposta pelas mídias e romper eu mesma com os meus equívocos e distorções, porque sim, todos nós temos”, diz.

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Obrigação à parte, Lisandra fala que gosta muito de cuidar do corpo, de estar bem e bonita, mas procura ser cuidadosa para não cair na armadilha da vaidade imposta.

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“A pele eu procuro sempre lavar, tonificar, usar vitamina C, usar um sérum hidratante para a região dos olhos e protetor solar. E com os cabelos sem grandes rotinas, lavo normalmente com shampoo e condicionador específico para o meu tipo de cabelo de uso diário, quinzenalmente faço um detox, limpeza da raiz, hidratação e a cada três meses corto as pontinhas”, detalha.

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Lisandra Cortez (Foto: Hanna)
Lisandra Cortez (Foto: Hanna)

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Marie Claire: Qual é a importância do empoderamento feminino?
Lisandra Cortez:
 Uma importância imensurável. Quando uma mulher empodera a si tem condições de empoderar às outras. Isso significa mulheres ocupando suas cadeiras, seus cargos, assumindo seu poder individual. Estou falando apenas de uma das facetas do empoderamento feminino que é desenvolver igualdade de gênero nos lugares onde as mulheres são minoria. Mas o tema é abrangente e em outra instância acredito que o empoderamento feminino promove uma cura para uma sociedade com padrões de patriarcado e suas distorções. Falando somente de mulher para mulher, essa busca pelo empoderamento começa quando respeitamos umas às outras.

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MC: Este mesmo empoderamento tem dado mais coragem às mulheres de denunciar casos de assédio moral e sexual. Você já passou por alguma situação semelhante?
LC:
 Me considero uma mulher de sorte nesse sentido, não sofri assédio sexual, estive muito próxima de pessoas que viveram e compartilhei das dores e das marcas que esses traumas deixaram em suas vidas, mas eu realmente não vivi isso, graças a Deus!

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MC: Como tem sido a repercussão de sua vilã em As Aventuras de Poliana nas ruas? O que te dizem?
LC:
 Muito divertido. As reações são diversas, mas sempre carinhosas. Às vezes alguém manda: “Você tá muito má, muito ruim nessa novela”, mas a abordagem é sempre gentil. Na internet a coisa fica um pouco diferente. É comum alguém me escrever confundido a atriz com a personagem e aí já dá para imaginar, né? Recebo mensagens muito legais sobre o meu trabalho e outros terríveis (rs).

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MC: Você estreou em Malhação, uma novela para adolescente, interpretou para adultos e agora para crianças. Qual é a diferença entre eles?
LC:
 Tem muita diferença, sim. O adulto se envolve e gosta do trabalho, te reconhece e tem admiração pelo trabalho que você fez, claro, muitas vezes também simpatiza com o ator. Ele consegue distinguir melhor as coisas. O adolescente é mais passional, ou te ama ou te odeia, não tem meio do caminho e, quando ama, se declara, escreve cartas lindas, se derrete, muito fofo! Já a criança é outro universo, quando vem falar com você, enxerga a personagem que você está fazendo. No caso deste trabalho que eu estou fazendo agora, algumas se aproximam com um certo medo, precisam que a mãe esteja perto, mas é genuíno, amoroso, tem um encantamento mais inocente, como se realmente estivessem vendo aquela personagem da televisão, a aproximação da criança é sempre muito doce.

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MC: Quais são seus planos para 2019?
LC:
 Sigo gravando a novela, o que está sendo delicioso, porque o elenco é muito parceiro, a equipe uma família e o SBT uma casa sensacional de se trabalhar. Vou estar no teatro a partir de maio e, além disso, estou naquela fase de estruturar e entender como eu quero me sentir este ano, o que eu quero realizar, quais os projetos-sementes que eu quero plantar. Estou nesse estudo.

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Lisandra Cortez (Foto: Hanna)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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