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Em Porto Alegre, voluntárias ajudam mulheres a dar fim à rotina de abusos

Saiu no site JORNAL NACIONAL

 

Veja publicação original: Em Porto Alegre, voluntárias ajudam mulheres a dar fim à rotina de abusos

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São mais de dez mil promotoras legais populares em todo o país, prontas para escutar e acolher outras mulheres no momento em que elas mais precisam.

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Em Porto Alegre, voluntárias atuam nas comunidades, ajudando mulheres, vítimas de violência doméstica.

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Entre linhas, tecidos e botões, a costureira Maria Salete da Silveira Pinto ajuda a tecer um futuro diferente para outras mulheres. Na sala de costura, os relatos de violência doméstica são comuns. “Nessa rua aqui, a gente tinha violência em quase todas as casas. A violência era dentro da casa da gente também”, revela ela, que é promotora legal popular.

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A casa da empregada doméstica Tânia Mara da Silva Garcia também está sempre aberta para ajudar. Assim como a Salete, ela é uma promotora legal popular, conhecida na comunidade como PLP. “Elas gostam que tu escute elas e fale com elas assim: ‘pô, sai dessa’”, conta.

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As promotoras legais populares fazem parte de uma rede poderosa que começou em Porto Alegre e se espalhou por mais 11 estados. São mais de 10 mil voluntárias em todo o país que estão prontas para escutar e acolher outras mulheres no momento em que elas mais precisam.

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As perseguições e ameaças do ex-companheiro eram frequentes na vida de uma dona de casa. Foi com o apoio das promotoras legais que ela conseguiu reagir. “É um trabalho muito importante. Evita demais essa violência toda contra a mulher, que ela se sente completamente incapaz”, diz a vítima.

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As promotoras legais são a ponte entre as vítimas, a Justiça e os serviços de defesa da mulher. Nos atendimentos, conversam sobre leis, direitos e encorajam quem sofre. “A gente orienta, encaminha e caminha junto. Nós não deixamos essa mulher sozinha”, garante Maria Guaneci de Ávila, coordenadora das Promotoras Legais Populares.

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Para se tornar uma promotora legal popular é preciso fazer um curso criado pela Themis, uma ONG de Porto Alegre que há 25 anos atua na defesa dos direitos das mulheres. “Ele abre os segredos da Justiça; como é que funciona, o que é o que, onde tem que ir, quais são os direitos”, explica Denise Dora, diretora da Themis.

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“No momento que a gente encoraja essa mulher a fazer a denúncia e mostra que a medida protetiva protege sim, aquela mulher consegue sair daquele ciclo de violência e a gente consegue evitar os crimes mais graves, que são os feminicidios”, diz Madgéli Frantz Machado, juíza do Juizado de Violência Doméstica de Porto Alegre.

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É a união entre mulheres que ajuda a dar fim à rotina de abusos. “E elas estão sempre abertas, né? Abertas a te ouvir, abertas a um apoio, a uma palavra. É uma mão superamiga”.

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