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COLUNISTA | Renata Tenório: Feminismos, direitos e sociedades

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Veja publicação original: COLUNISTA | Renata Tenório: Feminismos, direitos e sociedades

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Por Renata Vieira Tenório

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Quando me convidaram para fazer parte do time A coluna, deram-me a oportunidade de definir o conteúdo com o qual eu poderia contribuir com a página. Na ocasião, não hesitei em indicar que falaria sobre feminismos, direitos e sociedades (sim, no plural – palavra e conceito que amo, inclusive). O bicho só pegou mesmo quando, dias depois, pediram-me uma “biografia curta” para inserir no meu perfil de c-o-l-u-n-i-s-t-a.

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Vixe. Há tanto escrevo, por não saber o que fazer com aquilo em que penso, mas nunca me imaginei como colunista. Divago sobre irrelevâncias que me são caras quase que diariamente.

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Escrevo sobre mulheres reais e seus dilemas cotidianos, direitos ou a sua completa ausência material, a forma como os violam diuturnamente, para mulheres reais e homens que se interessam por ultrapassar a barreira que o sexismo os impõe, tentando compreender um pouco do que é viver ao menos um dia na pele do “segundo sexo”. Quais as palavras que eu poderia selecionar para me descrever resumidamente que conseguissem dizer um pouco de tudo o que sou? Pensei por algumas horas e só consegui rabiscar num caderno a palavra “mulher”. Eu sou mulher.

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Sou mãe, servidora pública, jurista, pesquisadora das ciências criminais, feminista, mas cada uma destas coisas que sou, só o sou como sou, de fato, porque antes de sê-las, eu sou mulher. Ser mulher define as minhas lentes para enxergar os acontecimentos deste mundo, porque este mesmo mundo lança sobre mim um olhar diferenciado apenas pelo fato de eu ser mulher.

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Então, se assim o é, optei por revesti-me de uma perspectiva de gênero para ocupar todos os demais espaços a que tive acesso,  tudo em minha defesa e para a minha sobrevivência digna e livre. Para a nossa. Visibilidade. Lugar de fala. Precisamos falar sobre, precisamos falar como, precisamos falar… Precisamos. A partir de hoje, estarei aqui não como uma jornalista, o que não sou, mas como mulher curiosa e atenta às notas de rodapé da existência. Muito prazer, Renata.

 

 

 

 

 

 

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