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Veja publicação original: Chiquinha Gonzaga: 5 conquistas da artista pelas mulheres e pelos negros
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Se estivesse viva, a compositora e maestrina Francisca Edwiges das Neves Gonzaga – ou simplesmente Chiquinha Gonzaga – completaria 171 anos nesta quarta-feira (17).
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E, em homenagem à artista, em 2012, foi sancionada uma lei que institui 17 de outubro o Dia Nacional da MPB.
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Além de ter deixado um legado de mais de 2 mil composições para a música brasileira, Chiquinha, que era neta de escravos, lutou pela abolição da escravatura e pelo fim da monarquia no Brasil, além de ter sido a primeira mulher a reger uma orquestra no Brasil.
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Não por acaso, ela foi a homenageada do dia no Google. Em cima da barra de buscas, Chiquinha aparece tocando piano e anotando em suas partituras:
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Conheça mais realizações da artista, que abriu os caminhos da música brasileira para as mulheres, especialmente as negras:
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Compôs a 1ª marchinha de Carnaval da história
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Até quem não é muito fã de Carnaval já ouviu “Ó Abre Alas”.
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A letra, primeira inserida em uma marchinha de escola de samba, foi composta por Chiquinha para o desfile de 1899 da Rosas de Ouro, que aconteceu no Andaraí, no Rio de Janeiro, quando ela já tinha 52 anos.
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Abandonou o marido para dedicar-se à música
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Por imposição do pai, a cantora foi obrigada a se casar aos 16 anos com o oficial da marinha Jacinto Ribeiro do Amaral.
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Depois de seis anos de casamento, já com três filhos, abandonou o marido porque não conseguiu se adaptar à vida no navio onde Jacinto servia e, principalmente, à distância do cenário musical.
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Com a separação, ela só foi autorizada a cuidar do filho mais velho, João Gualberto. Os dois mais novos, Hilário e Maria do Patrocínio, ficaram sob os cuidados da família paterna e perderam o contato com a mãe.
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Militou pelo fim da escravidão e da monarquia
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Neta de escravos alforriados, Chiquinha tinha o fim do regime escravocrata e da monarquia, que ajudava a sustentá-lo, como suas principais pautas.
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Uma de suas principais contribuições era vender partituras de porta em porta para reunir fundos para a causa. De acordo com o UOL Educação, as vendas da música “Caramuru” foram revertidas para comprar a alforria do escravo e músico José Flauta.
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Ajudou a popularizar o piano
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A relação de Chiquinha com o piano começou muito cedo, aos 9 anos, quando ganhou o instrumento de seu pai.
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Na juventude, ela escolheu o piano como protagonista de muitas de suas composições, especialmente as famosas polcas (estilo de música e dança popular da região da Hungria) “Atraente”, de 1877, e “Sultana”, de 1878.
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Levou a música popular brasileira para a elite
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Chiquinha era muito amiga da artista Nair de Tefé. Quando ela se casou com o então presidente Hermes da Fonseca e se tornou primeira-dama, convidou a compositora para se apresentar em saraus no Palácio do Catete, que era a morada e o escritório presidencial na época.
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Em 1914, Chiquinha não só tocou violão, instrumento até então considerado símbolo da malandragem, como usou o instrumento para tocar canções bem populares para a elite carioca – uma bela quebra de protocolo para os padrões da época.
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