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Cármen Lúcia quer atingir 1.000 júris de crimes contra a mulher

Saiu no site R7:

 

Veja publicação original: Cármen Lúcia quer atingir 1.000 júris de crimes contra a mulher

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Presidente do Conselho Nacional de Justiça e do STF diz esperar atingir a meta na 11ª edição da Semana Justiça pela Paz em Casa

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A presidente do Conselho Nacional de Justiça e do STF (Supremo Tribunal Federal), ministra Cármen Lúcia, conclamou o sistema judiciário nacional a alcançar, já em agosto, o total de 1.000 sessões do Tribunal do Júri contra réus de feminicídio.

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A ministra espera atingir essa meta na 11ª edição da Semana Justiça pela Paz em Casa, que será realizada em todo o País de 20 a 24 de agosto próximo. A recomendação foi transmitida aos coordenadores estaduais da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar na manhã desta segunda-feira (16).

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As informações foram divulgadas no site do Supremo. Nas edições anteriores, desde 2015, a campanha Justiça pela Paz em Casa realizou 995 júris de feminicídio e tentativa de homicídio contra mulheres.

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“Faltam apenas cinco júris para 1.000. É um número que apresenta ao Brasil a resposta dos tribunais em um tema mundial. Teremos feito mil júris, o que não é fácil, de um tema específico. Acredito que seja inédito”, ponderou a ministra.

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“Isso sinaliza, também para as presidências dos tribunais, a importância do empenho na Semana”, afirmou Cármen.

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“Diversos segmentos querem prioridade, mas é preciso adequar a pauta dos júris à perspectiva de gênero. A Semana representa um salto neste ponto”, disse a juíza Andremara dos Santos, auxiliar da Presidência do CNJ.

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A Semana Justiça pela Paz em Casa é realizada três vezes por ano: em março, em homenagem ao Dia Internacional da Mulher; em agosto, por ocasião do aniversário da promulgação da Lei Maria da Penha; e em novembro, durante a Semana Internacional de Combate à Violência de Gênero, criada pela Organização das Nações Unidas.

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Cármen fez contato com procuradores-gerais de Justiça e defensores públicos-gerais para pedir atenção às audiências. “Sem a presença do Ministério Público, não há como fazer. Devemos, também, fazer um empenho junto à Ordem dos Advogados do Brasil, que mostra muita boa vontade. Hoje, nas 27 seccionais, há uma coordenadoria da mulher.”

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As unidades contam com advogados dativos. A ministra destacou dados do estudo O Poder Judiciário na Aplicação da Lei Maria da Penha — 2018.

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O trabalho indicou que juízes baixaram 18% mais ações em 2017, ante o ano anterior. No mesmo período, cresceu em 12% o total de processos de violência contra a mulher.

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A ministra apontou a alta de 21% na concessão de medidas protetivas em 2017. Ela pediu aos coordenadores que apurem quantos municípios contam com o serviço de Patrulha Maria da Penha, por guarda municipal ou Polícia Militar.

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Ela também tratou do protocolo de intenções firmado entre o CNJ e o CFP (Conselho Federal de Psicologia). “Vítimas me contaram que às vezes tentam esquecer e são chamadas, anos depois, para contar a mesma história. E cada pessoa é uma. Precisamos de uma estrutura para estabelecer: o que o juiz precisa aprender sobre o ser humano?”, observou Cármen.

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A reunião debateu também a revisão do Manual de Rotinas dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher. Foi apresentada, ainda, prévia da programação da XII Jornada Maria da Penha, em 9 e 10 de agosto, em Brasília. Temas tratados com os coordenadores serão retomados na próxima reunião com os presidentes dos tribunais.

 

 

 

 

 

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