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Brasil precisa avançar na inclusão social e econômica das mulheres

Saiu no site MULHERES TRANSFORMADORAS:

 

Veja publicação original: Brasil precisa avançar na inclusão social e econômica das mulheres

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Aumentar a participação das mulheres no mercado de trabalho. Essa é a intenção de estabelecer cotas para mulheres em conselhos de administração e cargos de direção, segundo a advogada e especialista em gênero do Banco Mundial, Paula Tavares. Para ela, a adoção de cotas contribuiria para mudar a mentalidade de empresas e da sociedade.

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“Faltam medidas de incentivo. Você percebe uma melhora na participação de mulheres na força de trabalho onde existem cotas para mulheres. No Brasil, as mulheres recebem 25% menos que os homens para realizar o mesmo tipo de trabalho”, diz. “A legislação tem força para mudar esse quadro”, acredita.

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Na União Europeia, por exemplo, uma proposta da Comissão Europeia quer estabelecer cota de 40% de participação de mulheres nos conselhos de administração. Entretanto, a eficácia das medidas ainda gera discussão. A Noruega, em 2008, passou uma lei que obrigou as empresas listadas em Bolsa a reservarem pelo menos 40% dos cargos de direção a mulheres. Estudo de uma pesquisadora da Universidade de Oslo, porém, mostrou que fixar cotas não teve efeito na representação feminina nos cargos de gestão das empresas.

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Paula Tavares argumenta, ainda, que outro ponto que ajudaria a diminuir as diferenças de gênero no país seria garantir um mínimo de representação no resultado de eleições, e não apenas na participação de candidatas, como ocorre a partir deste ano. Atualmente, o Congresso brasileiro tem apenas 11% de parlamentares femininas.

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Mulheres, Empresas e o Direito 2018: Igualdade de gênero e inclusão econômica

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Os pontos salientados pela especialista em gênero do Banco Mundial, Paula Tavares, estão descritos no relatório “Mulheres, Empresas e o Direito 2018”, que será lançado pelo Banco Mundial e a Escola Brasileira de Economia e Finanças da Fundação Getúlio Vargas (FGV-EPGE) em Brasília.

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Em sua quinta edição, o documento traz uma análise de como a legislação tem impacto na inclusão social e econômica da mulher globalmente. O estudo monitorou 189 países, que foram avaliados e receberam pontuação no que diz respeito a cada um dos sete indicadores do relatório: acesso às instituições, uso da propriedade, acesso ao emprego, incentivos ao trabalho, acesso aos tribunais, acesso ao crédito e proteção da mulher contra a violência.

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Segundo o documento, as mulheres representam 50% da população brasileira, mas somente 43% da força de trabalho. Elas recebem salários 25% menores e representam apenas 37,8% dos cargos gerenciais e 10,5% dos parlamentares do país.

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Apesar de o Brasil não limitar legalmente a capacidade jurídica das mulheres ou sua liberdade de movimento, o estudo apontou alguns pontos fracos da legislação. Essas falhas restringem o acesso da mulher ao mercado de trabalho, a realização de suas aspirações profissionais e de seu potencial de remuneração, assim como o crescimento na carreira e sua capacidade de conciliar o trabalho com responsabilidades familiares.

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Com informações de Folha S. Paulo e ONU Brasil

 

 

 

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