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Aumentam as denúncias de violência doméstica após plantão 24h na delegacia da mulher em Santarém

Saiu no site G1:

 

Veja publicação original: Aumentam as denúncias de violência doméstica após plantão 24h na delegacia da mulher em Santarém

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De janeiro a julho de 2018, foram registradas 780 ocorrências, sendo a maioria casos de violência contra a mulher dentro de casa.

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Delegacia Especial de Atendimento a Mulher (Deam) de Santarém, oeste do Pará, registrou aumento no número de ocorrências de violências domésticas em 2018, após os plantões de 24h no fim de semana e feriados.

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De janeiro a julho de 2018, foram registradas 780 ocorrências, sendo a maioria casos de violência dentro de casa. No período de janeiro a junho de 2017, foram registradas 732.

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Destes, 300 inquéritos foram abertos para investigação. Segunda a delegada da mulher, Andreza Alves, nos casos de crimes considerados mais graves, como de lesão corporal, o inquérito policial é obrigatório, independente da vontade da mulher.

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“Existem casos em que a mulher quer apenas solicitar algumas medidas protetivas e, em alguns casos, isso é possível, como nos crimes de ameaça, injúria, calúnia, difamação ou crime de dano. Em casos mais graves, automaticamente, o inquérito vai ser instaurado, e incube ao estado tomar as providências necessárias pra que o processo ocorra”, detalhou.

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Rede de proteção à mulher

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Em 95% das ocorrências, são solicitadas as medidas protetivas. Durante o ano de 2017, foram registradas 1.300 ocorrências na Delegacia da Mulher, em Santarém.

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Para a delegada, o aumento no número de ocorrências em 2018 se deve aos plantões dos finais de semana e feriados, as políticas públicas e demais ações relativas à proteção da mulher.

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“Aqui em Santarém existe uma rede bastante fortalecida de combate a violência contra a mulher. Existe uma vara específica de violência doméstica, uma promotoria específica, o Maria do Pará, o Propaz, que oferece um atendimento multidisciplinar”, contou Andreza.

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Muitas mulheres são encaminhadas ao Centro de Referência Especializado de Atendimento à Mulher (Creas) Maria do Pará para receber atendimento especializado. Atualmente, 80 mulheres estão sendo acompanhadas pelo Centro.

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“Quando a mulher chega aqui, ela chega totalmente fragilizada, a autoestima baixa, apresentando sintomas, entre eles, depressão, auto estima baixa, síndrome do pânico, isolamento, ansiedade. Quando há a necessidade, eu enquanto psicóloga encaminho a pessoa para o órgão necessário para fazer o acompanhamento prolongado”, explicou a psicóloga do Creas, Elaine Martins.

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A psicóloga disse que, além da vítima, o acompanhamento envolve a família e o agressor. Em casos de crimes considerados de menor potencial, busca-se, inicialmente, conscientizar o agressor. “Quando não há a violência física, nós chamamos o agressor para fazer um atendimento e conscientizar ele de que o que ele está fazendo é errado”, enfatizou.

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O trabalho em conjunto dos órgãos voltados para a proteção das mulheres faz com que elas percam o medo de denunciar e saiam do ciclo da violência. As ações realizadas pelos órgãos envolvem atendimento psicológico, assistência social, perícia médica, abrigo de mulheres, entre outros serviços.

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Na Delegacia da Mulher, o horário de funcionamento durante a semana é até às 17h, e aos fins de semanas e feriados, 24h.

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