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Ativista e mãe de filho autista agora quer representar causa na câmara

Saiu no site UNIVERSA:

 

Veja publicação original: Ativista e mãe de filho autista agora quer representar causa na câmara

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Por Marcela Paes

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Foi uma crise no repasse de dinheiro às escolas públicas para alunos com autismo no início deste ano que fez com que Andréa Werner decidisse: vai entrar para a carreira política. A mãe do garoto Theo, que tem autismo, mantém o blog “Lagarta Vira Pupa” desde janeiro de 2012 – onde discute questões relativas à maternidade “atípica” e suas descobertas diárias.

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“Participei de audiências públicas junto com outras mães de crianças autistas para discutir o problema do repasse da verba. Depois, recebi convites de alguns partidos e resolvi investir na ideia, que era algo que eu já pensava, mas não imediatamente”, explica Andréa, que concorrerá ao cargo de deputada federal pelo PSOL de São Paulo.

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Além de ter como principal meta o auxílio de pessoas com deficiência em todas as fases da vida, a blogueira e youtuber também tem como meta aumentar a representatividade das mulheres na política, que hoje é de cerca de 10%.

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“Durante as audiências públicas, um dos deputados me confidenciou não fazer ideia de que uma das principais preocupações de mães de crianças com autismo era o que aconteceria com seus filhos depois que elas morressem. Realmente, é difícil para um homem de classe média alta, que não vive esse tipo de problema, entender o que uma família carente com um filho autista passa”, diz.

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Para driblar a falta de experiência no campo político e conseguir aprovar projetos voltados para os direitos das mães e pessoas com deficiência em uma câmara “com maioria masculina, de meia idade e condições financeira favorável”, Andréa já tem em quem se espelhar: o deputado Jean Wyllys (PSOL) e a vereadora Marielle Franco, executada em março deste ano.

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“O Jean consegue, mesmo tendo projetos que não agradam à maioria da câmara e sendo de um partido de esquerda minoritário, aprovar pautas. Vou aprender com ele e conseguir fazer também. A Marielle eu não conhecia, mas várias mães de crianças autistas cariocas me falavam de como ela as ajudava e era ativa nessa questão”, afirma.

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Ela também se apoia em sua capacidade de mobilizar pessoas e na experiência em participações de atos de protesto. “A pressão popular funciona demais. Nós, mães de autistas, já conseguimos algumas vitórias assim. O importante é não ter medo. E também não achar que só porque sou mãe e não posso estar lá, tenho que estar só em casa. Família é um time e, se  eleita, meu marido vai continuar me apoiando nos cuidados com o Theo.”

 

 

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