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Após eleição, profissionais se oferecem para trabalhar de graça em casamento LGBT

Saiu no site HYPENESS

 

Veja publicação original: Após eleição, profissionais se oferecem para trabalhar de graça em casamento LGBT

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A Ordem dos Advogados do Brasil de São Paulo deu um conselho para que casais LGBTIprocurassem oficializar suas relações antes de 2019. A declaração foi embasada no temor da Comissão de Diversidade Sexual OAB-SP de uma possível revogação da decisão de 2011 do STF que concede direitos iguais aos casais hetero e homossexuais.

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A posição vai de encontro com o temor gerado pela eleição de Jair Bolsonaro (PSL) à presidência da República. Muitas pessoas estão correndo para oficializar a relação. Mas, vocês não estão sozinhos e a corrente de solidariedade que tomou as redes sociais mostra isso. Profissionais especializados em casamentos de diferentes países estão oferecendo seus serviços de graça.

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“Trabalho de graça no seu casamento LGBT até o final do ano”diz o anúncio viral nas redes sociais.

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A hashtag #casamentoLGBT se tornou um dos assuntos mais comentados do Instagram, provocando inclusive a criação de um formulário com nomes de profissionais diversos. São fotógrafos, pianistas, designers, ilustradores, recepcionistas, garçons, maquiadoras e por aí vai.

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Em entrevista à Marie Claire, a produtora de eventos Gabrielle Forato, 28 anos, e a educadora física Mariana Garcia, 27, admitiram que os planos mudaram por causa do resultado da corrida eleitoral.

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Elas pretendiam consumar a união apenas em 2019, mas pelo temor da intensificação da hostilidade homofóbica, se casaram em 2018 mesmo. A cerimônia aconteceu ao lado de 80 amigos e familiares.

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“Quando começou o movimento das candidaturas e todo o apoio que teve o discurso de ódio, resolvemos mudar nosso plano. A gente não queria correr o risco de perder o direito de casar”, relata Gabrielle.

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Assim como a dupla, outros casais estão com a pulga atrás da orelha. Por isso, a campanha é vista como um movimento de resistência contra a homofobia. O jornal O Globo conversou com representantes do Sutdio Carol Cardoso, que juntou três profissionais para lançar um manifesto de apoio aos casais.

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Débora Riete, Carol Cardoso e Alice Riete oferecem de graça serviços de penteado e maquiagem. A casa já assessorou nomes de destaque da comunidade LGBTI, como Gloria Groove e Pablo Vittar.

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Achei a proposta interessante por ser uma ação direta. Sou hetero, mas é um assunto que me sensibiliza muito. As pessoas estão preocupadas em fazer alguma coisa, mas não sabem muito bem o que fazer. Eu estou propondo fazer a ponte entre os voluntários”, relva a fotógrafa paulistana Débora Oliveira, de 34 anos. 

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Ao longo da carreira parlamentar, Jair Bolsonaro se caracterizou por uma série de falas homofóbicas. Em 2011, o presidente eleito declarou em entrevista à Playboy que “seria incapaz de amar um filho homossexual. Não vou dar uma de hipócrita aqui: prefiro que um filho meu morra num acidente do que apareça com um bigodudo por aí. Para mim ele vai ter morrido mesmo”.

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Ainda durante a conversa, afirmou que “se um casal homossexual vier morar do meu lado, isso vai desvalorizar a minha casa! Se eles andarem de mão dada e derem beijinho, desvaloriza”.

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Em Aracaju, uma mulher trans morreu depois de ser agredida e esfaqueada no centro da capital sergipana. Laysa Fortuna, de 25 anos, foi atacada por um morador de rua que ameaçava travestis por meio de motivações políticas. Ele dizia que caso Bolsonaro fosse eleito, todas as trans seriam mortas.

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No centro da cidade de São Paulo, Priscila foi assassinada no Largo do Arouche em 16 de outubro. Segundo noticiou a Ponte Jornalismo, uma testemunha declarou ter ouvido gritos de apoio ao ex-militar.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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