Saiu na G1
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Vídeo foi feito com estudantes do ensino médio no Brasil. Pesquisadora do RS fala sobre a importância de se ter igualdade de gênero em uma área em que a atuação masculina ainda é predominante.
Com o intuito de incentivar mais mulheres a seguirem profissões no ramo de energias renováveis, área em que a atuação masculina ainda é predominante, a Rede de Mulheres na Energia Solar (Rede MESol) produziu um vídeo com estudantes do ensino médio. A ação foi publicada na revista científica “Nature”, no início de maio.
As jovens eram questionadas se conheciam profissões que envolvessem a área de energias renováveis. Após falarem sobre a carreira, as alunas puderam ver exemplos de mulheres que atuam em diferentes centros de pesquisa e ensino e empresas de energia solar fotovoltaica do Brasil.
A engenheira eletricista Aline Kirsten, doutoranda em engenharia civil e pesquisadora do Laboratório Fotovoltaica da Universidade Federal de Santa Catarina, fala da importância de mostrar para jovens mulheres as oportunidades no mercado de trabalho.
“A ideia é mostrar para meninas mais novas como o setor tem mulheres, como que é possível as mulheres entrarem, é um setor que a gente pode ser valorizada ali dentro, e tentar incentivar elas a se verem naquele local, elas se enxergarem”, afirma.
A Rede MESol iniciou uma campanha nas redes sociais, chamada de “Mulheres de Energia”. O vídeo foi produzido com o apoio da Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável, por meio da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit – GIZ – GmbH, e os parceiros Ministério de Minas e Energia (MME) e Ministério da Educação (MEC).
A energia solar cresceu bastante no Brasil nos últimos tempos. Em 2019, o Brasil ocupava a 8° posição no ranking mundial dos países que mais empregam na área, com cerca de 43 mil pessoas trabalhando no setor.
No Rio Grande do Sul, a energia solar cresceu quase 42% durante a pandemia. O estado é responsável por 13% da geração em todo país, segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).
Mas, apesar do grande aumento, a atuação masculina ainda é maioria. Segundo a Agência Internacional de Energias Renováveis (IRENA), apenas 32% dos postos de trabalho do setor de energia renovável mundial é ocupado por mulheres.