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Mais de 50 meninas são internadas após mutilação genital em Burkina Faso

Saiu no site G1: 

 

Veja publicação original:  Mais de 50 meninas são internadas após mutilação genital em Burkina Faso

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Prática é proibida desde 1996. Vítimas têm entre cinco e sete anos, segundo governo.

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Cerca de 60 meninas foram hospitalizadas nesta semana em Burkina Faso após serem vítimas de mutilação genital, prática proibida desde 1996, confirmou nesta terça-feira (18) à Agência EFE a organização governamental encarregada de erradicar a ablação feminina no país.

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“Todas as vítimas de mutilação foram internadas em hospitais com hemorragias e infecções”, informou à EFE a responsável da Secretaria Permanente do Conselho Nacional para a Luta contra a Prática da Cisão (SP/CNLPE), Viviane Ursule Sanou.

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As vítimas têm entre cinco e sete anos, de acordo com Viviane, e foram submetidas à ablação do tipo II, que se caracteriza pela extirpação tanto do clitóris como de parte dos lábios vaginais.

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As mutilações aconteceram na região de Kaya, cerca de 100 quilômetros ao norte da capital, entre 4 e 6 de setembro. Diversas meninas foram internadas na segunda-feira (17) no Hospital Regional de Kaya, e outras 40 no Hospital Protestante de Chiphra, em Ouagadogou, segundo a imprensa local.

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Além disso, 30 progenitores e parteiras encarregadas de realizar as mutilações foram detidos e podem receber penas de seis meses a três anos de prisão, conforme estabelece o código penal de Burkina Faso.

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“Estamos na temporada de chuvas e a vegetação é densa o suficiente para que se escondam atrás dela durante a mutilação”, disse Viviane.

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“Nosso desafio hoje é erradicar a ablação clandestina em bebês”, acrescentou.

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Cerca de 75% das meninas e mulheres de Burkina Faso foram mutiladas, mas só 9% são a favor desta prática, segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

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“Isto não significa que tenhamos falhado”, disse Viviane, pois “todos os casos foram denunciados em nossa linha telefônica gratuita, o que demonstra que nosso trabalho e a mensagem sobre os efeitos negativos da mutilação genital feminina chegaram às pessoas”.

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Embora a prática da mutilação esteja diminuindo, estima-se que pelo menos 200 milhões de meninas e mulheres de 30 países foram submetidas a este procedimento no mundo todo, principalmente na África e na Ásia.

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Como exemplo, a ablação é quase universal em países como Somália, Guiné e Djibuti, com níveis em torno de 90% – segundo dados do Unicef – enquanto afeta só 1% das meninas e mulheres de Camarões e Uganda.

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No caso de Burkina Faso, a taxa entre as menores de zero a 14 anos caiu para 11,3% em 2015, frente aos 23% registrados antes de 2010.

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