Em um hospital particular da cidade, as ações são realizadas desde 2015: são duas palestras por ano, geralmente nas semanas que antecedem o Dia das Mulheres e o Dia das Mães, e exposições trimestrais abertas para todos os trabalhadores.

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De acordo com o vice-presidente da unidade, Sérgio Gabriel, as primeiras ações tiveram baixa adesão, mas com o tempo os funcionários passaram a enxergá-las com maior tranquilidade. Atualmente, cerca de 120 pessoas participam das palestras, que são planejadas e acompanhadas pela Equipe de Humanização do hospital.

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“É um trabalho desafiador, não é fácil desconstruir algo tão enraizado, mas entendemos que era necessário dar o primeiro passo. Os colaboradores que estão bem em todos os âmbitos produzem mais, trabalham melhor, adoecem menos, se ausentam menos do trabalho e são mais felizes, aumentando os indicadores de resultados”, afirma Sérgio.

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Pensando no bem-estar dos funcionários, a sócia-proprietária de uma clínica de estética, Liz Andrade, também investiu em ações sobre o tema. As palestras começaram há três anos e, desde então, a empresária já notou que a equipe está mais disposta e de bom consigo mesma no dia a dia.

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“Acredito que a vida sexual faça parte de um contexto de felicidade do casal. Se temos uma vida sexual ativa, temos momentos felizes de prazer, amor. E, se o funcionário está feliz, com certeza irá trabalhar melhor”, opina.

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Até agora, já foram realizadas três palestras no local, sendo uma por ano, na semana do Dia das Mães. Normalmente, as ações atingem de cinco a 10 pessoas.

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“Inicialmente, eles ficam apreensivos com o tema, alguns mais introvertidos e outros mais curiosos, perguntam mais e se soltam no decorrer da palestra”, completa a proprietária, de 35 anos.

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Formanda em Ciências Humanas, a consultora de Negócios Elaine Cristina Garcia Santos, de 53 anos, responsável pelas ações, explica que os colaboradores são convidados para o bate-papo pelo próprio RH das empresas de forma natural, sem que sintam-se obrigados a participar.

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“Falamos sobre autoestima, relacionamento, casamento e a importância de deixar a ‘chama acesa’. Neste momento, explica-se como usar os produtos, as sensações que irão proporcionar ao casal e como uma boa relação sexual fará diferença no relacionamento diário”, conta.

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Além das próteses e vibradores, são apresentados cremes e produtos para esquentar e aflorar o desejo sexual do casal. Enquanto as palestras duram de 50 minutos a duas horas, as exposições dos produtos são realizadas próximas aos refeitórios, sempre no horário do almoço. Em quatro anos, o trabalho já foi desenvolvido em pelo menos cinco empresas de Sorocaba.

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“No primeiro momento, os funcionários ficam um pouco tímidos com o assunto, mas acabam se aproximando e despertando interesse pelo que está sendo apresentado. Muitos sentem-se à vontade para comentar as dificuldades e necessidades, mas alguns preferem tirar dúvidas quando estão sozinhos”, continua.

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Uma pesquisa realizada pelo professor Keith Leavitt, da Universidade do Estado do Oregon, nos Estados Unidos, comprovou que funcionários que mantêm uma vida sexual saudável e constante são mais bem humorados, mais produtivos e conseguem melhorar seus relacionamentos interpessoais.

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Publicado pelo Journal of Management, no início de 2017, o estudo acompanhou a rotina de 159 casais durante duas semanas e descobriu que os funcionários que tinham relações sexuais com frequência apresentavam melhor disposição e envolvimento no trabalho.

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“Em Sorocaba, temos empresários que já estão atentos a essas mudanças e abrindo as portas para que os colaboradores tenham acesso aos produtos sensuais disponíveis no mercado. Como ainda existe um tabu forte sobre o assunto, as empresas proporcionam aos colaboradores uma vida sexual saudável, facilitando e incentivando o conhecimento”, completa Elaine.

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