HOME

Home

DISCUSSÃO REACENDIDA

Saiu no site Todo Dia: 

Um dos debates que ganhou fôlego e movimentou as redes sociais após a chacina trata do feminicídio – perseguição às mulheres por serem do sexo feminino. O termo ganhou vida no espaço jurídico com a criação de uma lei, em 2015, mas a promotora Gabriela Manssur, especializada na área, considera que há falta de conhecimento sobre o tema e aplicação efetiva da lei.

“Vejo (a chacina em Campinas) nitidamente como vários outros casos de feminicídio. Isso ficou demonstrado pelo discurso de ódio registrado na carta”, analisou a promotora, que é membro do Gevid (Grupo de Atuação Especial de Enfrentamento à Violência Doméstica), em referência a cartas deixadas pelo acusado, reveladas pelo jornal O Estado de S. Paulo.

VEJA TAMBÉM: Chacina em Campinas expõe despreparo para o combate ao crime contra mulher

“A violência contra as mulheres abrange o âmbito familiar. Ela se espalha pelos filhos, parentes e amigos. É exatamente isso que vemos diariamente nas redes sociais e foi o que aconteceu, infelizmente, com aquela família em Campinas”, analisou.

Em trechos das cartas, Sidnei, que cometeu suicídio após o crime, chama Isamara de “vadia” e a responsabiliza pelo afastamento do filho. Em um trecho da carta, o atirador escreveu que tem raiva das vadias que se proliferam e beneficiam da lei “vadia da penha”, em referência à Lei Maria da Penha, que ampara mulheres vítimas de violência.

Sancionada em março de 2015 pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT), a Lei do Feminicídio define o termo como crime quando há violência familiar e doméstica, menosprezo ou discriminação à condição da mulher. A tipificação definiu a prática como crime hediondo, ou seja, aquele em que não há possibilidade do pagamento de fiança. “O feminicídio surge da não aceitação do exercício dos direitos das mulheres”, apontou Gabriela.

VEJA TAMBÉM:  ‘Causa da mulher não é prioridade do Estado’, diz promotora sobre feminicídios

Ela considerou que há uma cultura machista por trás de tais atitudes, que precisam ser combatidas em todos os níveis da sociedade, inclusive nas escolas.

 

Publicação Original: Discussão Reacendida

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Compartilhe

Compartilhar no facebook
Facebook
Compartilhar no twitter
Twitter
Compartilhar no linkedin
LinkedIn

HOME